Justiça manda lacrar hotel Maksoud Plaza, recolher móveis e suspende entrega aos novos donos

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o hotel Maksoud Plaza, localizado no Centro da capital paulista, seja lacrado e tenha os móveis recolhidos. Após 42 anos de atividades, ohotel fechou as portas definitivamente no dia 7 de dezembro e está em recuperação judicial desde o ano passado, em um processo que envolve litígios societários, passivos trabalhistas e dívidas com fornecedores.

A decisão atende a pedido feito pelos filhos do fundador. Primeiro hotel cinco estrelas de SP foi fechado definitivamente no início do mês após crise financeira. Em 2020, a empresa pediu à Justiça recuperação judicial de R$ 81 milhões. 

No documento, o desembargador que tomou a decisão afirma que o acordo previa a entrega do imóvel até o final de janeiro de 2022.

Maksoud Plaza

Depois que o empresário Henry Maksoud morreu aos 85 anos em 2014, vítima de câncer, o hotel do qual era proprietário em São Paulo, assim como toda sua herança, passaram a ser alvo de uma grande briga entre seus herdeiros, conforme noticiou Paulo Sampaio, da blogsfera UOL, ainda em 2017, apenas três anos após o falecimento do sul-mato-grossense. 

Descendente de libaneses, Henry Maksoud nasceu em Aquidauana, em Mato Grosso do Sul, no ano de 1929, mas construiu toda a sua carreira em São Paulo, onde chegou aos 15 anos e fez história na hotelaria. Seu maior legado foi o Hotel Maksoud, que acaba de fechar de vez as portas após 42 anos de glamour na Capital paulista.

Marcado por hospedar famosos, Michael Jackson, Tarantino, Axl Rose foram algumas das celebridades internacionais que hospedaram no Maksoud Plaza.