Mourão diz que resultado nos EUA não mudará política ambiental brasileira

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta terça-feira, 3, que o Brasil não irá mudar sua política ambiental, independente do resultado das eleições americanas. Apontado como favorito nas pesquisas de intenção de voto, o candidato democrata, Joe Biden, fez críticas em relação a questões ambientais relacionadas à Amazônia. “Nossa política ambiental é de acordo […]

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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta terça-feira, 3, que o Brasil não irá mudar sua política ambiental, independente do resultado das eleições americanas. Apontado como favorito nas pesquisas de intenção de voto, o candidato democrata, Joe Biden, fez críticas em relação a questões ambientais relacionadas à Amazônia.

“Nossa política ambiental é de acordo com a legislação”, disse Mourão em entrevista coletiva após reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal. “Em relação a se é Biden ou Trump, nós temos que fazer o certo, porque esse é o nosso dever como governo do Brasil. Fazer com que a lei seja obedecida, senão vira uma bagunça. A política ambiental não muda. Independente do resultado. Segue o baile.”

Em setembro, a questão ambiental em relação à Amazônia foi mencionada por Biden em debate eleitoral. Ele afirmou que, se for eleito, irá doar US$ 20 bilhões ao Brasil para preservação da floresta. A falta foi rebatida pelo presidente Jair Bolsonaro, que vem defendendo a reeleição de Donald Trump.

Mourão afirmou que a relação do Brasil com os Estados Unidos é de Estado para Estado, independente do governo, “havendo simpatias ou não”. Ele afirmou que existe problemas em qualquer que seja o resultado das eleições, e que a campanha eleitoral pela presidência afetou a própria estrutura da democracia americana.

Questionado sobre as medidas do governo em relação ao desmatamento, o vice-presidente afirmou que não estão de braços cruzados, mas reconheceu que o Executivo não “logrou” êxito na missão de reduzir o número de incêndios na floresta.

“A turma lá é danada. O que quero deixar claro é que estamos fazendo nossa parte. O governo não está de braços cruzados”, disse. “Temos que agir nas causas que levam as pessoas a tacar fogo nesses locais, a invadir área pública. Tenho que combater essas causas, se não, não vou combater essa guerra.”

Segundo ele, a partir da semana que vem uma série de reunião com diferentes ministérios serão realizadas para definições de metas para questões como o combate ao desmatamento e a regularização fundiária. As definições serão listadas no “contrato de objetivo”, como chamou Mourão.

O vice-presidente afirmou ainda, apesar de problemas relativos à proteção da Amazônia, o Brasil “não é o vilão” e que outros países também têm metas previstas em acordos internacionais a serem cumpridas. Ele afirmou ainda que não se pode “olhar o meio ambiente só pelo viés de preservação de território”. “Temos matriz energética que não queima petróleo nem carvão”, citou como exemplo.

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