Boia virou dentro do toboágua, diz Beach Park sobre morte de turista

Parque divulgou nota nesta terça

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Boia virou dentro do toboágua, diz Beach Park sobre morte de turista
Divulgação

Em nota divulgada nesta terça-feira (17), o Beach Park deu detalhes sobre o acidente que vitimou o radialista Ricardo José Hilário Silva, morto no parque aquático na tarde da segunda-feira (16).

A empresa informou que a boia em que estava Ricardo e outras três pessoas virou dentro do toboágua, mas não chegou a ultrapassar a barreira de contenção do brinquedo “Vainkará”. A boia teria virado no final do percurso do brinquedo, já próximo à piscina.

O Beach Park informou que a perícia está sendo realizada pelas autoridades com apoio do da empresa e que a as causas do acidente serão confirmadas apenas após o fim dos trabalhos de investigação.

O parque aquático ainda informou que possui alvará de funcionamento e que foram realizados testes em todas as atrações do parque, inclusive na que ocorreu o acidente. O “Vainkará”, que levou dois anos e meio para ser desenvolvido e instalado no parque, é fabricado pela empresa canadense ProSlide.

Segundo o Beach Park, a fabricante “realizou inúmeras descidas testes com uma equipe especializada enviada ao Brasil e autorizou o início da operação do equipamento”.

A empresa, mais uma vez, lamentou o acidente e afirmou que tem dado suporte à família de Ricardo José e está apoiando as investigações dos órgãos responsáveis. A família e a vítima já estão a caminho de sua cidade de origem.

“O Beach Park lamenta muito o ocorrido e reforça seu compromisso prioritário com a segurança e a integridade de seus visitantes por meio de treinamentos diários com toda a equipe”, informou a empresa.
O acidente aconteceu no “Vainkará”, inaugurado no último sábado (14), após um investimento de R$ 15 milhões. O brinquedo, que seria a 19º atração do Beach Park, tem 150 metros de descida e paredes de 90 graus -trazendo a proposta de gravidade zero.

Este não foi o primeiro acidente ocorrido em um dos brinquedos do parque neste ano. Em janeiro, um grupo de turistas viveu momentos de tensão e chegou a ter que furar boias para escapar de um acidente no parque aquático, que fica na região metropolitana de Fortaleza.

Em mensagens deixadas no site Tripadvisor, os turistas relataram problemas no brinquedo “Arrepio” e classificaram o problema como um “acidente quase fatal”.

Eles relataram que as boias ficaram entaladas no tobogã, enquanto outras boias eram lançadas do brinquedo, causando uma espécie de engavetamento de boias dentro do toboágua.

“O salva-vidas não sabia o que fazer, a água foi subindo, as pessoas gritando e bebendo água… tivemos que furar as boias com os dentes para não ficar sem ar. Por pouco não morremos afogados dentro do tubo”, relatou em 22 de janeiro um homem chamado Maurício, que afirmou ser um dos envolvidos no acidente.

Ele disse que a água demorou para ser desligada e que os funcionários não faziam ideia de como proceder em caso de emergência: “Foi a pior experiência da minha vida. Meu filho está em choque”, disse.

Em nota enviada ao próprio site Tripadvisor, o Beach Park confirmou que houve um bloqueio de fluxo de boias que resultou na parada de alguns clientes na metade do percurso de descida do toboágua.
Afirmou ainda que a interrupção foi solucionada em alguns minutos e que não houve danos graves a clientes ou funcionários do parque.

“Lamentamos o ocorrido e estamos à disposição das famílias para qualquer eventual necessidade. Acontecimentos como este não fazem parte da nossa rotina e as devidas medidas corretivas estão sendo tomadas”, informou o Beach Park em nota.

Outro acidente foi registrado no Beach Park em 2001, quando Fabiana Andrade Ribeiro chocou-se contra uma criança dentro do brinquedo “Maremoto”. Ela teve fraturas, afundamento no rosto e precisou passar por uma cirurgia.

Fabiana entrou com uma ação de reparação que tramitou na Justiça do Ceará. Em novembro do ano passado, a desembargadora Maria Vilauba Fausto Lopes deferiu o pedido de indenização de R$ 45 mil, sendo R$ 25 mil por danos morais e R$ 20 mil por danos estéticos.

Na decisão, a magistrada alegou que houve falha na prestação de serviço do parque aquático, que deveria apresentar mecanismos de segurança a fim de evitar acidentes.

Em 2002, Renan Júlio Osterno Rodrigues da Silva morreu enquanto brincava em uma das atrações do Beach Park, no Ceará. O garoto de 7 anos estava na “Correnteza Encantada” -um riacho artificial em que os banhistas flutuam na água com uma bóia, que é arrastada pela correnteza-, quando desapareceu. Quando foi localizado, o menino já estava desacordado.

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