Petistas divergem sobre decisão de manter Renan na presidência do Senado

‘Quem é o presidente agora?’, indaga Lindbergh 

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

‘Quem é o presidente agora?’, indaga Lindbergh 

Os senadores de oposição ao governo divergem em relação à decisão da Mesa do Senado de não aceitar o afastamento imediato do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), como determina a liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto uns aprovam medida, outros acreditam que o afastamento deve ser respeitado até que Renan apresente defesa.

Segundo informações da Agência Senado, o líder do PT do Senado, Humberto Costa (PE) afirmou que é importante que seja concedido um prazo regimental para defesa de Renan, enquanto se aguarda pela decisão do Plenário do STF. “Já que a decisão do Supremo vai ser tomada amanhã [quarta-feira], eu acho que é uma medida de precaução bastante positiva”, disse.

O senador ainda ressaltou que a pauta de votações do Senado, especialmente da PEC 55/2016 que trata do teto dos gastos, não será discutida antes de uma definição acerca da situação de Renan. “Enquanto não houver uma solução definitiva sobre quem é o presidente. Se o presidente for o Renan, nós vamos insistir que não se vote. Se não for Renan, nós vamos discutir nossa posição”, afirmou.

A decisão da Mesa de manter Renan na Presidência também foi assinada pelo primeiro-vice-presidente da Casa, Jorge Viana, que é do PT. Já para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) a decisão do Supremo deve ser respeitada e só depois Renan Calheiros poderia recorrer. Segundo ele, a posse de Jorge Viana deveria ter sido automática e a posição da Mesa do Senado apenas “cria uma confusão maior”.

“Quem é o presidente do Senado agora? O senador Jorge Viana ou senador Renan Calheiros? Para mim é o senador Jorge Viana. Acho que a decisão da Mesa aumenta o impasse político, a indefinição”, avaliou.

Lindbergh ainda destacou que não haveria mais prazo hábil para a votação da PEC 55/2016 na próxima semana, pois as sessões deliberativas estão suspensas à espera da decisão do Plenário do Supremo. “Nós vamos defender isso até o final. Nós temos argumentado com muita gente que essa crise é uma crise violentíssima. Uma crise econômica, política e institucional. Começamos a ter uma crise social e nós vamos bater nessa tecla que a PEC 55 não vai ser votada na próxima semana”, concluiu.

Conteúdos relacionados