MP denuncia quatro por estupro coletivo no Rio

Eles vão responder por estupro de vulnerável, com pena de oito a 15 anos de prisão

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Eles vão responder por estupro de vulnerável, com pena de oito a 15 anos de prisão

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou nesta segunda-feira quatro suspeitos de participar do estupro coletivo de uma garota de 16 anos no Morro da Barão, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em maio deste ano. A 26ª Promotoria de Investigação Penal formalizou acusações contra Raí de Souza, de 22 anos, Raphael Duarte Belo, de 41, o traficante Moisés Camilo Lucena, o Canário, e o chefe do tráfico do Morro da Barão, Sérgio Luiz da Silva Júnior, o Da Rússia.

Os quatro acusados vão responder por estupro de vulnerável, com pena de oito a 15 anos de prisão. Dois deles, Souza e Assis, também foram enquadrados nos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que punem registrar, produzir, reproduzir, vender ou expor à venda pornografia envolvendo criança ou adolescente.

Segundo narra nota do MP, em 21 de maio, ‘desacordada e sob efeito de álcool e substâncias entorpecentes […], a vítima manteve relações sexuais com Raí. Sob a permissão de Sérgio, chefe do tráfico na comunidade, Moisés Camilo a levou para um local afastado 90 metros dali, conhecido como “abatedouro”‘. Ali, sem poder oferecer resistência, a jovem ‘tornou-se presa fácil e objeto de abuso de Raí, Raphael e Moisés, bem como do adolescente conhecido como Perninha, também integrante da quadrilha’.

Segundo o MP, ‘a vítima sofreu abuso por várias horas, até a noite seguinte, sempre de forma conjunta pelos denunciados’. ‘Raphael chegou ainda a manipular de maneira debochada as nádegas da vítima, introduzido um batom em sua vagina’, detalha a nota do Ministério Público. ‘Raphael e Raí ainda registraram o crime em vídeo, com o telefone celular do primeiro, tendo Raí transmitido imagens para um grupo de amigos por meio do aplicativo WhatsApp.’

Por ser menor, Perninha não foi denunciado junto com os demais, mas poderá responder por ato análogo a estupro de vulnerável, segundo os promotores. Outros dois suspeitos, Marcelo Miranda e Michel Brasil da Silva, foram indiciados pela divulgação das imagens em redes sociais, mas ainda não denunciados.

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