falou sobre investigação que apura caso

Após a deflagração da Operação Boca Livre, que apura fraudes de R$ 180 milhões em projetos beneficiados pela , o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que o problema não é a lei, mas a “ausência de mecanismos preventivos”, em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. As investigações apuram recursos captados por meio da lei para pagar confraternizações e festas.

“Nós vimos a gravação de um vídeo do casamento, uma festa boca livre que nós pagamos. No meu casamento, eu paguei. Por sinal, fiquei pagando um ano ainda. No casamento desse senhor que pagou com a Lei Rouanet foi em um hotel cinco estrelas em Florianópolis com direito a vídeo gravado. Nós achamos que tivesse sido contratados modelos para fazer o vídeo. Eram os convidados mesmo, champanhe sendo aberto e isso com a Lei Rouanet”, afirmou o ministro.

O casamento a que ele se refere foi do filho do empresário Antonio Carlos Bellini Amorim, do Grupo Bellini, em Jurerê Internacional no dia 25 de maio deste ano. Em dois vídeos divulgados por presentes no evento, os convidados aparecem com taças de bebida.

“Essa operação de hoje detectou já de início R$ 180 milhões, obviamente a investigação vai continuar. Há indícios de mais dinheiro, valor maior ainda desviado”, disse Moraes. “O problema é a ausência de mecanismos preventivos de eficácia para verificar a liberação do dinheiro, a fiscalização, a efetiva utilização desse dinheiro. O que não é possível é que empresas fizessem não só casamentos, mas também festas de final de ano contratando artistas com dinheiro da Lei Rouanet”.