Bebê de 11 meses tem dedo decepado em hospital no Paraná

“Ele estava com o cateter e a enfermeira foi tirar com a mão. Acho que ela ficou com preguiça e usou uma tesoura.”

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“Ele estava com o cateter e a enfermeira foi tirar com a mão. Acho que ela ficou com preguiça e usou uma tesoura.”

Um bebê de 11 meses teve o dedo mindinho da mão esquerda cortado no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, na segunda-feira (12). Segundo a mãe Jaqueciane Morais, de 18 anos,uma enfermeira do hospital com uma tesoura foi quem cortou.

De acordo com informações do G1, Kauan Mateus chegou ao hospital para tratar uma doença que tem no coração, a Síndrome de Wolff-Parkinson-White.

Segundo Jaqueciane, uma enfermeira cortou o dedo mindinho da mão esquerda do menino com uma tesoura.

“Ele estava com o cateter e a enfermeira foi tirar com a mão. Acho que ela ficou com preguiça e usou uma tesoura. Aí, acabou pegando o dedinho. Eu estava junto, vi tudo, outros pacientes viram”, lembrou.

Jaqueciane conta que, depois de acalmar o filho, procurou a enfermeira para conversar. “Não achei mais. O hospital me informou que ela já foi afastada”, explicou.

Kauan levou pontos e não deve passar por cirurgia de reconstrução. “Explicaram que o corte foi muito profundo, pegou quase o dedo inteiro e, por isso, não dá para fazer reconstrução. Vai ter que ficar assim, amputado”, relatou a mãe.

 

 

Ainda de acordo com a jovem, para dormir na madrugada desta terça-feira (13), o bebê precisou ser medicado porque sentia muita dor.

Recebendo acompanhamento psicológico, a mãe pede punição à enfermeira. “A gente cuida tão bem em casa para chegar ao hospital e acontecer o pior? Ela não poderia estar trabalhando em um lugar público. Foi muita falta de cuidado”, reclamou.

(Jaqueciane Moraes/Arquivo pessoal)​Kauan é de São Mateus do Sul, no sul do Paraná, e completa um ano nesta quinta-feira (15). Antes de ser levado ao Hospital Pequeno Príncipe, ele já estava internado em um hospital do interior devido ao problema cardíaco. Segundo a mãe, o estado de saúde dele é delicado.

O Hospital Pequeno Príncipe lamentou o ocorrido e disse que está investigando o caso, e que o prazo para concluir a investigação é de 30 dias. A instituição não informou se a pessoa envolvida no caso é enfermeira ou técnica em enfermagem, apenas disse que é uma profissional da área de enfermagem.

Veja a íntegra da nota enviada pela instituição abaixo:

“O Hospital Pequeno Príncipe há quase 100 anos se dedica com afinco a causa da saúde infantojuvenil. Referência em mais de 30 especialidades pediátricas, busca aprimoramento constante em todas as dimensões do cuidar. Conta com equipe técnica multidisciplinar focada em estudar os processos e revisar condutas de atendimento que definem a melhor prática em cada procedimento.

Lamentavelmente podem acontecer incidentes, como o ocorrido no dia 12 de dezembro de 2016. A instituição formalizou investigação e está apurando os fatos. Durante o processo o colaborador permanecerá afastado. Todas as medidas estão sendo tomadas para amparar a criança e a família. Equipe multidisciplinar foi designada para acompanhamento integral do paciente.”.

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