PPS quer ter acesso às informações sobre contas de Cunha na Suíça

Eduardo Cunha é acusado de suposta quebra de decoro

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Eduardo Cunha é acusado de suposta quebra de decoro

O PPS quer ter acesso a todas às informações que a Suíça enviou sobre as contas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro. Parlamentares de sete partidos assinaram representação contra o deputado por suposta quebra de decoro.

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), disse vai convocar a reunião para abertura de processo para o dia 27 de outubro. Segundo ele, Eduardo Cunha não terá tratamento diferenciado. “No Conselho de Ética nos vamos lidar com deputado Eduardo Cunha e não com o presidente da casa”.

Os partidos argumentam que Cunha é investigado na Operação Lava Jato, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, que foi alvo de investigação no Ministério Público da Suíça, que bloqueou as contas dele e de parentes no país e enviou o processo para o Brasil e ainda que teria mentido sobre essas contas na CPI da Petrobras. Ao todo 46 parlamentares assinaram o documento. O PSDB e o DEM, principais partidos da oposição, que no sábado pediram o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, não formalizaram o apoio à investigação.

“Não posso é pré-julgar o presidente da Câmara nesse sentido de dizer o que vai acontecer no Conselho de Ética”, fala o deputado Carlos Sampaio (PSD-BA).

Na bancada do PT, 32 dois dos 62 deputados assinaram a representação. O líder do partido na Câmara disse que o PT não está protegendo Eduardo Cunha, que tem poder de abrir um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Na tarde desta quarta-feira (14), Eduardo Cunha disse que a análise da representação na mesa-diretora que ele preside, é uma ato corriqueiro, que não tem a interferência dele.

 

Dilma chama de golpistas os parlamentares que querem o impeachment

Nesta terça-feira (13), o Supremo Tribunal Federal concedeu três liminares que suspenderam o rito de votação dos pedidos de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, que já tinha sido apresentados. Pelo rito, o processo poderia ser aberto por maioria simples dos votos. Com a decisão do Supremo, para o processo ser aberto é necessário os votos de 342 deputados.

Na noite desta terça-feira (13), no congresso da CUT em São Paulo, Dilma voltou a chamar de golpistas os parlamentares que querem o impeachment.

“Quero dizer para vocês que a sociedade brasileira conhece os chamados “moralistas sem moral. Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias. Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar minha honra? Quem?”, fala a presidente da República, Dilma Rousseff.

Em Brasília, a oposição reagiu à fala da presidente. “A presidente deveria ter humildade, fazer uma autocrítica para reconhecer que o exemplo dado pelos governos do PT, inclusive o dela, são maus exemplos, do ponto de vista de trato com recursos públicos”, declara o líder do DEM-PE, deputado Mendonça Filho.

 

Nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff esteve no interior de São Paulo inaugurando conjuntos residenciais do Programa Minha Casa Minha Vida. Até agora, ela não voltou a falar sobre impeachment.

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