Fazendo a linha misteriosa, a sucuri fêmea de aproximadamente cinco anos do Bioparque Pantanal tem aparecido pouco em sua nova morada, em . Em breve, a população vai poder visitar o animal, que mede 3 metros.

Segundo o biólogo Allyson Favero, do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) do (Instituto de de MS), a sucuri-verde (Eunectes murinus) ainda está se acostumando com o novo habitat, o tanque Banhados de Sucuri.

“Ela está numa fase de adaptação, está tímida ainda, é assim mesmo. Não é um animal que vai conseguir ver com muita facilidade, depende muito do dela. Por enquanto vai ficar um pouquinho mais escondida, mas com o tempo vai se acostumando e começar a aparecer mais”, explica ele ao Jornal Midiamax.

Confira a sucuri conhecendo sua nova casa:

Sucuri do Aquário

A sucuri, que não tem nome (pelo menos não ainda), veio de um local de preservação da fauna do Pará. Conforme Allyson, ela foi resgatada com ferimentos ainda bem jovem.

“Ela chegou com alguns machucados, provavelmente foi capturada. Ela teve os primeiros atendimentos e criaram ela [no Pará], já que provavelmente ela não tinha capacidade de voltar a natureza”, diz.

Por ser criada com a presença humana, fazer o manejo da cobra não é difícil. “[…] mas no manejo ela é bem calma, não se assusta com a presença de pessoas. Por enquanto ela ficou mais escondida [no tanque] porque ela ainda está no processo de adaptação, está conhecendo”, ressaltou o biólogo.

Sucuri moradora do Aquário do Pantanal (Foto: Allyson Favero/ Arquivo Pessoal)

Nova morada

A cobra nortista veio de avião – com apoio do Corpo de Bombeiros e da FAB (Força Aérea Brasileira) – até as terras sul-mato-grossense e chegou dias antes da abertura do Aquário do Pantanal, que aconteceu no último dia 28 de março.

“Ela teve uns dias antes de ser expostas. A gente com colocou no tanque para se adaptar nessa temperatura e onde ela iria se esconder para ter um local de segurança. É um animal de fácil adaptação porque é um animal de cativeiro”, conta Allyson.

Na sua nova morada, o tanque Banhados de Sucuri, o animal tem água para nadar, grama e galhos para se enrolar, além de alguns peixes de água doce que fazem companhia para o réptil. “Ela tem toda uma cenografia, com uma parte de um rio, uma parte seca, tem árvores. É uma cenografia como se fosse o habitat dela mesmo”, descreve.

Sucuri moradora do Aquário do Pantanal (Foto: Allyson Favero/ Arquivo Pessoal)

O profissional garante que os ‘pequenos companheiros' não correm perigo, já que a sucuri está acostumada com a própria alimentação fornecida pelo Bioparque. E, segundo Alysson, ela é ‘boa de garfo'. “Come muito de uma vez. São vários ratões. De quatro a cinco ratos grande entre 10 e 15 dias”, revela.

Visitas

Por enquanto, somente alunos da REE (Rede Estadual de Ensino) podem visitar a sucuri e o Bioparque Pantanal, que é o maior complexo de água doce do mundo. Porém, a visitação para a população em geral vai ser aberta a partir do mês que vem.

O site do local vai ser lançada no próximo dia 22 de abril e as pessoas vão preencher os dados e solicitarem as visitas coordenadas e orientadas. A visitação vai ser de forma gratuita, a princípio, até o fim do ano.