Neymar apanhou porque falou muito, diz treinador de Honduras

Luis Fernando Suarez, o colombiano que treina a seleção de Honduras, condenou a ”atenção especial” dispensada por seus jogadores a Neymar no amistoso disputado contra a seleção brasileira no mês passado, em Miami. Mas tampouco eximiu o atacante de Barcelona de culpa pelas entradas mais ríspidas durante a goleada de 5 a 0 sofrida pela […]

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Luis Fernando Suarez, o colombiano que treina a seleção de Honduras, condenou a ”atenção especial” dispensada por seus jogadores a Neymar no amistoso disputado contra a seleção brasileira no mês passado, em Miami. Mas tampouco eximiu o atacante de Barcelona de culpa pelas entradas mais ríspidas durante a goleada de 5 a 0 sofrida pela equipe centro-americana. Suarez contou que seus jogadores reclamaram de provocações do brasileiro.

”Perguntei a meus jogadores o que tinha acontecido e eles me disseram que o Neymar falou demais. Aí começamos a jogar contra ele, o que nunca foi o meu plano. Esquecemos os outros jogadores, saímos do jogo. Não fomos inteligentes contra o Neymar, mas isso serviu de aprendizado para Honduras. Ele errou, mas meus jogadores erraram mais”, explicou o colombiano nesta quarta-feira, pouco depois de chegar à Costa do Sauipe para o sorteio dos grupos, na sexta-feira.

Honduras garantiu sua terceira participação em Copas do Mundo ao terminar em terceiro lugar nas eliminatórias de América do Norte, Central e Caribe, atrás de EUA e Costa Rica, e jogando o México para a repescagem. Suarez garante que o time pode render bem mais do que mostrou no amistoso em Miami. “Nunca foi meu plano descer a lenha no Neymar. Ele é um grandíssimo jogador, não se pode negar. Mas não poderíamos ter nos preocupado apenas com ele. O mais engraçado foi que Neymar teve a menor participação nos cinco gols”, disse o treinador.

“Acho que ele fez o que fez no jogo porque era contra Honduras e são coisas que ele não poderá fazer na Espanha. E seguramente contra Honduras não vai fazer mais, porque Honduras não vai responder da mesma maneira, saindo do jogo. Existe um código não escrito no futebol, todos os jogadores vivemos isso. Há uma linha muito tênue entre a boa técnica, demonstrar muita capacidade, e o desprezo. Quando passa um pouquinho, nenhum jogador fica contente. É importante ter sempre respeito pelos rivais”, disparou.

Suarez disse encarar com otimismo o Mundial do Brasil, em que os hondurenhos tentarão pela primeira vez avançar para a fase eliminatória. A equipe está no pote 3 do sorteio, ao lado das equipes que disputaram as Eliminatórias Asiáticas e de EUA, Costa Rica, Honduras e México. O treinador espera pegar carona no clima brasileiro para compensar a superioridade técnica de adversários mais fortes.

“Em Honduras temos este tipo de clima, com umidade e calor. Meus jogadores não vão estranhar. É uma vantagem grande para os times latinos. Temos que estar conscientes do nosso lugar, mas o mais importante é Honduras não perder os jogos antes de entrar em campo. Vamos respeitar os adversários, mas precisamos lutar”, completou o treinador.

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