Governo de MS faz auditoria em mais de 30 obras de André Puccinelli
Auditorias verificam desvios de dinheiro
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Auditorias verificam desvios de dinheiro
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou nesta terça-feira (17) que o Estado realiza auditoria em mais de 30 obras da gestão Puccinelli, entre acabadas e inacabadas, a pedido do MPE (Ministério Público Estadual) e MPF (Ministério Público Federal).
“A auditoria é própria e, algumas, feitas a pedido dos órgãos de fiscalização, como os Ministérios Públicos Estadual e Federal. Assim que acabarmos todas, vamos encaminhar os resultados para eles”, ressaltou.
Reinaldo disse que a possibilidade de desvio de milhões de reais é assustadora. “Assusta ver dinheiro público usado de maneira incorreta. Infelizmente preocupa, mas confio nos órgãos de fiscalização para encontrar o culpado. Se existir um culpado, que ele devolva o dinheiro para que ele retorne aos cofres públicos”.
Um dos resultados dessas auditorias foi o pedido de prisão de Edson Giroto, ex-secretário de Estado de Obras na gestão de André Puccinelli (PMDB), do empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco Construções e outros sete envolvidos em suposto esquema de desvio de dinheiro público.
O Ministério Público detectou um possível desvio de R$ 2,9 milhões em obras. Uma auditoria feita pelo Governo do Estado, após questionamentos de produtores rurais, indica que o governo de André pagou R$ 11,8 milhões por serviços que não foram realizados na MS-171, MS-184 e MS-228.
Segundo trabalho feito por coordenadores e gerentes regionais de obras do Governo do Estado, há indícios de serviços pagos e não executados na sua totalidade, sendo a maioria referente a serviço de cascalhamento.
O maior desvio foi identificado em um serviço da Provias Engenharia LTDA para restruturação de leito estradal da MS-184, com extensão de 50.000 quilômetros entre a BR-262, no Buraco das Piranhas e a MS-228, na Curva do Leque, em Corumbá.
A administração de Puccinelli pagou R$ 7,8 milhões pela execução do serviço, mas a atual gestão só encontrou R$ 1,5 milhões de trabalho realizado, em uma diferença de R$ 6,2 milhões que foram pagos por serviço não realizado. A maior parte deste dinheiro deveria ter sido aplicada em cascalhamento. A previsão era de 94,9 m³, mas só foram encontrados 21,8m³ de cascalhamento na estrada, em um total de R$ 4,3 milhões desviados.
Outro desvio foi localizado em obra divida entre a Provias e a Proteco Engenharia LTDA para recuperação da estrutura de faixa de rolamento da MS-228, com aplicação de revestimento primário e implantação de dispositivos de drenagem entre a MS-427 e o vazamento do Castelo e 42 mil quilômetros entre os quilômetros 35 e 77.
As empresas alegaram medição de R$ 5 milhões, mas segundo fiscalização, só deveria ter recebido R$ 2 milhões. Neste caso, a administração de Puccinelli teria pago R$ 2,9 milhões por serviço não realizado.
A fiscalização também encontrou irregularidades em uma obra da Proteco para recuperação da estrutura da faixa de rolamento na MS-171, com aplicação de revestimento primário e implantação de dispositivo de drenagem. A previsão era de cascalhametno de 90.000 quilômetros, mas a empresa só executou 63.200 quilômetros. Neste caso a medição foi de R$ 4,5 milhões, quando a empresa só deveria ter recebido R$ 1,8 milhões. Nesta obra o prejuízo foi de R$ 2,6 milhões.
Diferença
Em julho deste ano o Midiamax já havia relatado a diferença de R$ 34,1 milhões de gastos da gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB) e André Puccinelli com manutenção de rodovias pavimentadas e não pavimentadas.
A diferença refere-se a um comparativo com gastos de Puccinelli de janeiro a junho de 2014 com o de Azambuja no mesmo período, mas em 2015. Puccinelli gastou R$ 60.205.916,11 com manutenção, enquanto Azambuja R$ 26.043.425,71 no mesmo período.
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