Terceirizada do Tribunal de Justiça volta atrasar salários de funcionários
Os trabalhadores, que recebem apenas R$ 788, sofrem com isso desde 2014
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Os trabalhadores, que recebem apenas R$ 788, sofrem com isso desde 2014
A empresa Asseio e Conservação Joana D’Arc, que presta serviços de portaria para o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), voltou a atrasar os salários de 12 trabalhadores. Desta forma, os funcionários, que recebem apenas R$ 788 por mês, são obrigados, todos os meses, a pagar faturas de água e energia com atraso (e juros).
O problema teve início em dezembro de 2014. Desde então, a empresa vem atrasando sistematicamente a remuneração. “Em fevereiro, recebemos apenas R$ 390. Em janeiro, foi a mesma coisa. Ninguém nos dá uma resposta sobre esse atraso”, esbraveja um funcionária que preferiu não se identificar.
Na época dos primeiros atrasos, o Jornal Midiamax fez uma matéria contando o drama vivido pelos funcionários. Logo em seguida a empresa pagou os atrasados. Todavia, o salário referente ao mês de fevereiro, que deveria ter sido pago até o quinto dia útil de março, ‘desapareceu’.
“Falaram que não tem dinheiro. E nós, como ficamos?”, questiona outra funcionária. Ela também destaca não ser possível fazer compromissos financeiros.
Outro lado
A equipe de reportagem entrou em contato com a empresa Joana D’Arc para saber o motivo de haver tantos atrasos, mas os telefonemas não foram atendidos. Por sua vez, a assessoria de imprensa do TJ ressaltou que irá apurar os motivos pelos quais a empresa vem agindo desta forma, mais uma vez.
No mês de fevereiro, quando o caso veio à tona, TJ declarou que já estava tomando as providências para que a empresa, que foi contratada mediante um procedimento licitatório, se regularizasse.
Nesta época, o presidente do TJ, João Maria Lós, autorizou a liberação da verba para a empresa terceirizada, que havia sido retida por descumprimento de cláusulas contratuais, com a promessa de que o pagamento dos salários fosse efetuado.
Ademais, o TJ aplicou multa contratual e deu prazo de 10 dias para que a empresa se regularizasse. Caso contrário, a Joana D’Arc teria o contrato rescindido com o TJ e um novo processo licitatório seria aberto.
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