Flávio Dino cita Capitólio e diz que ‘universo do ódio das redes sociais veio para vida material’

Ministro da Justiça disse que depredação dos Três Poderes teve mais prisões que o Capitólio

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
capitólio Brasília
Montagem: Tyler Merbler e Agência Brasil

Nesta segunda-feira (9), o ministro da Justiça e Segurança Social, Flávio Dino, disse que “ universo do ódio das redes sociais [veio] para a vida material”. Para Dino, o ataque aos Poderes do domingo (8) foi o ‘Capitólio brasileiro’.

“Nós vivemos ontem o Capitólio brasileiro, com duas diferenças: não houve óbitos e tem mais presos aqui do que lá”, destacou. Em coletiva de imprensa, destacou que o Ministério conta com a parceria das Polícias Federais e Rodoviárias.

Ao citar que ‘o pior já passou’, Dino disse que “as instituições sobreviveram ao estresse que foram submetidas”. Assim, afirmou que os ataques aos Poderes acontecem desde o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Palavras têm poder, que se tornaram ódio e destruição. Há políticos que são responsáveis pela destruição que vimos ontem na sede dos Três Poderes”, apontou. O ministro se refere a Jair Bolsonaro (PL). “O ex-presidente da República e seus seguidores desferiram diversos ataques ao STF e é nesse sentido que digo que as palavras têm poder”.

Então, disse que as falas virtuais se tornam realidades. “Esses discursos nas redes sociais ganharam pernas, pedras, bombas, exatamente o que vimos ontem”, considerou.

Por fim, agradeceu aos Poderes e equipes que atuaram na contenção dos ataques. “E Deus abençoou ontem o Brasil, pois não tivemos nenhum morto, apesar da irresponsabilidade”, finalizou.

Ataques brasileiros são comparados com Capitólio

A mídia internacional deu destaque à cobertura das ações de grupos radicais em Brasília neste domingo. Jornais dos Estados Unidos, Europa e América Latina descrevem cenas de vandalismo, enquanto relacionam os acontecimentos deste domingo, 8, à invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.

Nos mesmos moldes do que acontece neste domingo, o movimento promovido por eleitores do ex-presidente americano Donald Trump questionava os resultados da disputa presidencial.

Conteúdos relacionados