Morreu na tarde desta sexta-feira (17), aos 60 anos, o deputado estadual de Mato Grosso do Sul Amarildo Cruz (PT). Ele estava internado desde terça-feira (14) no Hospital Proncor, em Campo Grande.

A informação foi confirmada pelo chefe de gabinete, Manoel Paulo Barbosa, e pelo médico Ricardo Ayache, amigo da família.

Amarildo deu entrada na unidade ainda na madrugada. No fim daquele dia, o parlamentar teria sofrido uma parada cardiorrespiratória e precisou ser reanimado. O petista foi intubado e passou por diálise, conforme apuração do Jornal Midiamax. Ele teria um quadro de miocardite.

Não foram divulgados detalhes do estado de saúde, e a família apenas relatou que Amarildo estaria estável e sendo tratado com antibióticos.

O petista estava no quinto mandato, chegando a ir à Alems (Assembleia Legislativa do Estado de MS) por duas vezes como suplente. É pai de três filhos. Sua cadeira no Palácio Guaicurus será ocupada pela primeira suplente Gleice Jane Barbosa.

A assessoria publicou nota nas do parlamentar. Confira abaixo:

O último boletim médico, divulgado na manhã de hoje, apontava que Amarildo continuava “recebendo tratamento e monitoramento constante”. O comunicado é assinado pelos diretores técnico do Proncor, Eduardo Elias Curido, e clínico, Bruno Alexandre da Silva, além da médica intensivista Juliana Pedroli.

O primeiro informe boletim divulgado, na tarde de ontem, apontava que ele continuava em estado grave e sendo assistido pela equipe médica. Uma transferência para um hospital de foi descartada devido à situação delicada do petista.

Vida e carreira de Amarildo Cruz

Paulista de Presidente Epitácio, Amarildo Valdo da Cruz chegou a Mato Grosso do Sul aos 18 anos, em 1981, após ser aprovado em concurso para fiscal tributário estadual. É graduado em Direito e em Ciências Contábeis, pós-graduado em Gestão Pública e especialista em Ciências de Direito.

Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores em 1984. Foi um dos fundadores e presidiu o Sindifiscal/MS (Sindicato dos Fiscais Tributários do Estado). No Governo do Estado, foi superintendente da Central de Compras.

Entre 2003 e 2006, foi diretor-presidente da Agehab (Agência de Habitação Popular), na gestão de José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT. Deixou o cargo para concorrer a deputado estadual, sendo eleito pela primeira vez.

Na eleição seguinte, em 2010, ficou apenas como primeiro suplente. Assumiu a superintendência do Ibama (Instituto Brasileiro do e dos Recursos Naturais Renováveis) no Estado em 2011.

Dois anos depois, foi convocado para assumir uma cadeira na Assembleia. Em 2014, conquistou mais um mandato nas urnas. Nesta legislatura, foi 2º secretário da Mesa Diretora.

Nas eleições de 2018, ficou novamente como suplente. Neste período, comandou a Unidade de Fiscal da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda).

Foi empossado para o quarto mandato em 2021, após a morte do então deputado Cabo Almi, e na ocasião, se aposentou como fiscal tributário após 39 anos. No último pleito, em 2022, foi reeleito.