Vereadores de Alcinópolis, distante a 311 quilômetros de Campo Grande, instauraram nesta segunda-feira (16) uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar supostas interferências da vereadora Rosângela Campo, na eleição do Conselho Tutelar no município.

Segundo o presidente da Casa, vereador Valdeci Passarinho (União), a denúncia chegou na semana passada por um morador e foi aprovada nesta segunda por seis votos a um. “Criamos a CPI e agora a comissão tem de 90 a 120 dias para apurar se as denúncias têm fundamento. Enquanto isso ela [Rosângela] segue à disposição para ajudar no que for preciso”, disse ao Midiamax.

“Quando acabarem as apurações tem outro processo legislativo. A vereadora diz que as acusações são falsas, mas temos que esperar as investigações”, comentou. Conforme encaminhado à equipe de reportagem, Rosângela é suspeita de ter praticado ‘boca de urna’.

Segundo a denúncia protocolada, o marido da vereadora teria transportado eleitores no dia da eleição e ficado próximo ao local ‘aliciando’ eleitores que chegavam em estabelecimento localizado na esquina do ponto de votação. O documento diz ainda, que houve constante movimentação da vereadora no local, bem como de seu filho que supostamente estaria ajudando nos transportes.

Rosângela, por sua vez, informou ao Jornal Midiamax que sabe quem é o denunciante. “É uma pessoa que já tem uma rixa antiga comigo. Inclusive a esposa dele concorreu e perdeu. Estou sendo acusada de coisas que não fiz e tenho como provar. Estou à disposição da investigação”, afirma.

Para a parlamentar, a denúncia foi feita por sentimento de vingança. “Ele está tentando usar a Câmara para se vingar, tentando prejudicar o meu mandato e satisfazer o ego dele. Diz que um parente meu estava transportando eleitores, sendo que passou o dia todo na fazenda. Tenho provas e vou esclarecer os fatos”, finalizou a vereadora.

(Matéria editada às 14h do dia 17/10 para acréscimo de informações).