O vereador Professor Riverton (PSD) considerou a possibilidade de reajuste do passe de ônibus para R$ 8,00 como “injustificável”.  O parlamentar definiu o valor como “absurdo” e afirmou que não poderá ser aceito pelo Executivo Municipal.

“Não vejo qualquer possibilidade de uma explicação que justifique a possibilidade de um passe ir pra um valor como esse”, disse.

O vereador ainda citou as recentes quedas nos valores do óleo diesel, que não refletiram no valor da tarifa. “Vi o óleo diesel ter diminuído o valor com a baixa do impostos nos últimos tempos e o passe não diminuiu o valor”, enfatizou.

“Não existe lógica para o trabalhador absorver esse aumento”, comentou. Riverton também disse não ter observado o mesmo aumento entre o setor empresarial, impedindo a possibilidade de repasse do passe para seus funcionários.

“O consórcio terá que mostrar todos os cálculos de composição dessa tarifa. O executivo não pode aceitar um valor absurdo desse”, finalizou.

Vereadores criticam reajuste

Os vereadores Otávio Trad (PSD) e Marcos Tabosa (PDT) também se mostraram insatisfeitos com o suposto aumento da tarifa do passe em Campo Grande para R$ 8,00.

Trad afirmou que o reajuste “sempre foi preocupante”, ainda mais em um patamar de quase 100%.

“Todo suporte financeiro para não impactar para o usuário e para economia foi concedido pelo executivo e pelo legislativo, desde isenção de ISS até subsídio e o consórcio sempre alegando dificuldade financeira”, relembra o vereador.

Por fim, o vereador afirmou que a discussão vai na ‘contramão do pensamento moderno de mobilidade, enquanto o passe livre municipal tem crescido no País e no exterior’.

Do mesmo modo, Tabosa criticou o valor e defendeu a instituição da tarifa zero, onde a tarifa é paga pela prefeitura e não pelo passageiro. Por exemplo, como ocorre na coleta de lixo.

“Parece brincadeira, cogitando uma passagem de R$ 8,00, mais fácil tarifa zero”, comentou.

“Campo Grande tem que subsidiar esse transporte coletivo. Chega, eles já têm aporte municipal, estadual, federal, isenções municipais”, disse Tabosa.

Passe de ônibus

Anualmente avaliada em novembro, o Consórcio Guaicurus considera que o reajuste da passagem do transporte público de Campo Grande pode chegar a R$ 8,00.

Porém, a negociação será debatida com a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) para ser válida em 2023.

Atualmente, a tarifa custa R$ 4,40 aos passageiros.

Entretanto, o diretor-executivo do consórcio, Robson Strengari, afirma que o novo valor considera diversos fatores, como a alta do combustível e INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor).