Pago nesta semana, o de janeiro dos 79 mil servidores de chegou com uma “mordida” maior da previdência estadual. A folha do último mês foi a primeira com a alíquota de 14% sobre a remuneração dos funcionários públicos, percentual que entrou em vigor este ano depois do governo de Reinaldo Azambuja () propor e sancionar a reforma, em maio do ano passado.

A alíquota era de 11% até dezembro. A mudança imposta pela Lei Complementar 273/2020 também eleva a contribuição estadual para 25%. Com base na previsão de gastos com pessoal estipulada na LOA (Lei Orçamentária Anual) 2021, a nova legislação deve forçar os servidores a recolher R$ 295 milhões a mais aos cofres do governo.

Os novos percentuais incidem sobre os salários de servidores ativos, bem como de aposentados e pensionistas. Segundo o Fórum dos Servidores Públicos de , o impacto da reforma é maior nestes últimos dois grupos.

A entidade foi até a Assembleia Legislativa nesta semana e protocolou um pedido de reunião com os deputados. O Fórum, que reúne sindicatos e associações de trabalhadores estaduais dos três poderes, aponta falta de diálogo do governo de Azambuja com a categoria e fala em “grave problema” com o aumento da alíquota.

Reforma da previdência foi à votação com Assembleia esvaziada

A foi enviada pelo Executivo, aprovada e sancionada em meio à pandemia de covid-19. A presença do público no plenário da Assembleia estava – e segue – vetada para evitar aglomerações.

Na época, Reinaldo Azambuja justificou que a Ageprev (Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul) operava com déficit financeiro mensal de R$ 29,8 milhões. Além disso, alegou necessidade de alinhar as regras do regime estadual com a reforma feita em âmbito federal.

O ofício com pedido de reunião apresentado pelo Fórum dos Servidores Públicos foi lido durante sessão de hoje (4) da Assembleia. Apesar disso, o encontro ainda não foi agendado.