O senador Nelson Trad Filho (PSD-MS) entrou na discussão pelo repasse total do lote de 3 milhões da vacina da Janssen contra a Covid-19 a . Em discurso no Senado Federal nesta quarta-feira (9), ele defendeu que o Estado tem todas as condições de aplicar o imunizante, que chega na próxima semana e vence em 27 de junho.

“O Estado é sempre o primeiro ou o segundo no ranking de vacinação. Temos toda a logística que garante a aplicação sem perder essas vacinas”, reforçou o parlamentar ao Jornal Midiamax.

Nelsinho acionou toda a bancada federal para ajudar na interlocução com o Ministério da Saúde. Além disso, o secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende, e o titular da pasta em Campo Grande, José Mauro de Castro Filho, estão atuando junto aos conselhos de secretários estaduais e municipais para convencer os demais gestores a autorizar a empreitada.

Para o senador, o Estado pode servir ainda de modelo de estudo. “ ser um case de estudo para cientistas. Essa vacina é de dose única. Podemos ajudar a conquistar a tão sonhada imunidade coletiva”, explicou.

Até agora, apenas cidades de São Paulo estão estudando a vacinação em massa. Serrana, por exemplo, imunizou toda a população adulta com a CoronaVac (Sinovac-Butantan).

“É lógico que todos os outros estados vão querer. Mas essa vacina parece que foi feita para nós. Sendo dose única, esse lote daria para quase toda a população. Vou fazer a interlocução no Senado. É uma oportunidade de retomada”, finalizou.

Entenda

O Cosems-MS (Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul) encaminhou ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para enviar o lote com 3 milhões de doses ao Estado. Dessa forma, o presidente do conselho, Rogério Leite, pontua que seria interessante a realização de um estudo em que um estado inteiro seja imunizado. 

“O Mato Grosso do Sul é um Estado pequeno, com baixa densidade demográfica, e que no momento possui uma taxa de infecção elevada para que o efeito da vacinação possa ser avaliado mais rapidamente, e possui condições de realizar a pesquisa”, destaca o documento.