Em nota, Mara Caseiro diz que genro fugiu de acidente com morte para ‘buscar ajuda’

Filho chorava reclamando de dores, o que também teria motivado Nivaldo Souza a deixar o local

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A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) lamentou a morte do pescador Carlos Américo de Souza, de 59 anos, ocorrida no sábado (3). O genro da parlamentar, Nivaldo Thiago Filho de Souza, foi apontado como responsável pelo acidente.

Souza é assessor especial na Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica). A lancha que conduzia – sem habilitação – colidiu contra a embarcação da vítima, que morreu no local.

Em nota, Mara – que é líder do governo Reinaldo Azambuja (PSDB) na Alems (Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul) – disse que estava cumprindo agenda em Rio Brilhante, no sul do Estado, quando houve o acidente. Ela voltou para Campo Grande assim que foi informada.

“Sei que nada pode reparar a perda de um ente querido. Nada! O momento de alegria para todos que estavam ali naquele dia de feriado, transformou-se em tristeza e desespero. Para buscar ajuda, meu genro, minha filha e meus netos, saíram do local e procuraram as autoridades competentes. Ao mesmo tempo, como meu neto mais novo chorava muito, reclamando de dores abdominais devido à batida, eles em estado de choque buscaram ajuda hospitalar no município de Miranda”, declarou.

Segundo a deputada, Souza estava com a esposa e os três filhos de 10, 11 e 14 anos. Testemunhas disseram à polícia que ele estaria embriagado. Ao deixar o local, ele provocou a indignação de quem estava no local. O ex-assessor foi preso logo em seguida, mas liberado.

O caso

Após a morte do pescador Carlos Américo Duarte, de 59 anos, que ocorreu no sábado (1º), o acidente começou a ser divulgado, mas ainda sem detalhes de nome de envolvido e com informações com ‘ares’ de sigilo. Souza não teria documentação necessária para pilotar a embarcação e teria ingerido bebida alcoólica – no fim do domingo, a Polícia Civil confirmou que o autor é genro da líder do governo na Assembleia Legislativa.

Conforme boletim de ocorrência, o servidor estaria embriagado enquanto conduzia uma lancha, de forma imprudente, no momento em que, numa curva, atingiu a embarcação em que o pescador estava com o filho, no encontro dos rios Aquidauana e Miranda, região conhecida como Touro Morto. O local fica compreendido no município de Miranda, a 168 quilômetros de Campo Grande, onde o caso foi registrado.

De acordo com o relato do filho da vítima, após a colisão, Nivaldo jogou garrafas de bebidas no rio e fugiu em alta velocidade, fato que foi comprovado por uma testemunha. Ele acabou localizado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em uma camionete Hilux na BR-262, com a mulher e os filhos, que também estavam na embarcação.

Apesar de confessar que havia bebido, ele não quis fazer o teste de bafômetro, foi levado para a delegacia e ouvido, mas liberado. Foi apurado então que ele não tem o Arrais, documentação necessária para pilotar a embarcação, mas disse que era apto. Ele responderá pelo homicídio culposo e também por duas lesões corporais culposas, mas o caso segue em investigação. Tanto a Polícia Civil quando a Marinha fazem a perícia do caso.

Segundo a polícia, durante a fuga, a lancha de Nivaldo começou a afundar e a tripulação precisou ser socorrida. Dessa forma, ele sofreu lesão no braço esquerdo. Um vídeo também mostra o desespero dos pescadores minutos após o acidente. Nesta segunda-feira, a perícia deve iniciar os trabalhos nas embarcações e no local do acidente.

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