Ninho ‘encolhe’ e desempenho do PSDB em Campo Grande reflete isolamento de Reinaldo

O fraco desempenho do PSDB nas eleições 2020 pode ser reflexo dos últimos acontecimentos envolvendo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), após denúncias de corrupção e seu ‘sumiço’ na reta final das campanhas de políticos do partido e aliados. De oito cadeiras ocupadas na Câmara Municipal atualmente, o PSDB, na gestão 2021-2024, terá apenas três com […]

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O fraco desempenho do PSDB nas eleições 2020 pode ser reflexo dos últimos acontecimentos envolvendo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), após denúncias de corrupção e seu ‘sumiço’ na reta final das campanhas de políticos do partido e aliados. De oito cadeiras ocupadas na Câmara Municipal atualmente, o PSDB, na gestão 2021-2024, terá apenas três com tucanos.

Somente João César Mattogrosso e João Rocha foram reeleitos, enquanto Ademir Santana, Delegado Wellington, Dr. Antonio Cruz, Dr. Lívio, Enfermeira Cida Amaral e Junior Longo deixam o parlamento no fim do ano. Além disso, em 1º de janeiro assume, junto com os reeleitos, o Prof Juari, para ocupar a última cadeira do PSDB entre os 29 vereadores eleitos no último domingo (15).

Para os parlamentares, o motivo é unânime da ‘debandada’ tucana: a decisão do partido em não ter lançado candidatura para prefeitura de Campo Grande. Principal líder do partido no Estado, Reinaldo foi quem deu a ‘palavra final’ sobre a legenda não lançar candidato à prefeitura da Capital e optar por apoiar a candidatura de Marquinhos Trad (PSD) – que foi reeleito. Em 2016, Trad chegou a ir para o 2º turno com a atual deputada estadual Rose Modesto (PSDB), que era o nome do partido na chapa majoritária.

A decisão da principal liderança do PSDB desagradou filiados ao partido não só em Campo Grande, bem como em outras regiões de Mato Grosso do Sul.

“São ciclos que vão se encerrando, não temos que questionar o resultado, todos que foram eleitos mereceram, prefeito também, por isso eleito em primeiro turno […] O PSDB não ter lançado candidato influencia? Influencia, sim, porque não tem voto de legenda. Mas o ciclo do PSDB está encerrando, dois mandatos, normal, em todos os partidos, aconteceu com o MDB, PT. Quando PT insistiu em ficar mais, acabou tomando impeachment. É natural a renovação dos ciclos”, opinou o vereador Dr. Lívio, que não conseguiu ser reeleito.

“Isso influenciou, tanto que na cabeça de chapa, na eleição passado, o partido fez sete e nesse o partido fez somente três e isso mostra o quanto influenciou”, disse Junior Longo (PSDB), que também não foi reeleito.

Vale ressaltar que o partido ocupava sete cadeiras no parlamento, porém, posteriormente as eleições de 2016, André Salineiro trocou o ‘ninho’ pelo Avante e Ademir Santana, que saiu do PDT, e a Enfermeira Cida Amaral, que mudou do PTN, passaram a integrar o PSDB.

Para João César Mattogrosso, reeleito com 4.209 dos votos válidos, o campo-grandense promoveu uma renovação na Câmara por estar mais exigente. “Acho que o fato de não ter candidata majoritária é o principal fator. 17 nomes são novos, o que mostra que a população está mais em cima, talvez não entenderam o trabalho de alguns que não foram reeleitos, acho que muitos mereciam voltar”, comentou ele com o Jornal Midiamax.

Questionados sobre as denúncias envolvendo Azambuja e como isto poderia ter influenciado nestas eleições, os parlamentares disseram que o fato não teria influencia negativa sobre os resultados.

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