Em entrevista, Rodrigo Maia critica plano da Fazenda para conter crise do coronavírus
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ) criticou o plano econômico do ministro da Fazenda, Paulo Guedes, afirmando que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não apresentou projetos no Congresso que ajudem, de fato, a contornar a crise do coronavírus, em entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira […]
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ) criticou o plano econômico do ministro da Fazenda, Paulo Guedes, afirmando que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não apresentou projetos no Congresso que ajudem, de fato, a contornar a crise do coronavírus, em entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira (13).
A entrevista foi publicada na esteira da declaração de pandemia global de coronavírus pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Maia classificou como “medíocre” uma eventual tentativa do Governo Federal de jogar a responsabilidade da resolução dos possíveis desdobramentos da crise em cima do Congresso. O deputado participou de uma reunião com o ministro Guedes e outros legisladores na última quarta-feira (11) e lamentou à Folha, que o governo de Bolsonaro não tenha apresentado nenhum plano de curto prazo para a crise.
Segundo Maia, Guedes cobrou da Câmara que continue priorizando projetos e emendas constitucionais que melhorem o ambiente de negócios do país no médio e longo prazo, mas sentiu falta de propostas sobre medidas emergenciais, em meio a crise de saúde. O deputado citou possíveis medidas de urgência para amenizar os possíveis impactos da pandemia nos setores de serviços e aviação civil, por exemplo.
O presidente da Câmara dos Deputados ainda manifestou preocupação de que uma falta de união entre os Três Poderes – que, na opinião de Maia, deveria ser liderada pelo Planalto – acabe por agravar a situação econômica do país, e citou o cancelamento de eventos de entretenimento nos Estados Unidos, e o cancelamento de voos no mundo todo, que deve impactar fortemente as receitas das companhias de aviação.
Nesta semana, o Ministério da Fazenda, cortou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,4% para 2,1% em 2020. Mas o ministro Paulo Guedes alertou que, na pior das hipóteses, com o impacto da pandemia do coronavírus, a economia brasileira pode observar um crescimento de apenas 1% – menor que o avanço de 1,1% registrado no ano passado.
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