Deputado sugere cancelar Cota Zero e abrir debate sobre como preservar espécies de peixes em MS

O deputado estadual Cabo Almi (PT) sugeriu que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) cancele o decreto do Cota Zero e amplie a discussão com todos os segmentos para que ajude de forma concreta a preservar os peixes nos rios de Mato Grosso do Sul.  Almi usou a tribuna nesta quarta-feira (4) afirmando que projeto de […]

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O deputado estadual Cabo Almi (PT) sugeriu que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) cancele o decreto do Cota Zero e amplie a discussão com todos os segmentos para que ajude de forma concreta a preservar os peixes nos rios de Mato Grosso do Sul. 

Almi usou a tribuna nesta quarta-feira (4) afirmando que projeto de lei na Assembleia Legislativa de Mato Grosso sobre o mesmo assunto, foi retirado de pauta para poder ser revisado. “Os deputados do Mato Grosso conseguiram convencer o governador e ele retirou o projeto de lá para reavaliar, reorganizar e reapresentar em momento oportuno”.

Segundo Almi, esta seria uma grande oportunidade para Reinaldo rever o decreto. “Assim como o secretário Jaime Verruck e ver o que tá errado de como foi republicado e cancelar o decreto, vamos discutir de forma coletiva, ouvir setores, universidades, rede hoteleira, donos de casas de isca, de uma forma que preserve as espécies e seja bom para todos os lados”. 

O deputado avalia que a republicação do decreto por parte do Executivo não atende a categoria e muito menos preserva o meio ambiente. “O resultado é que o governador alterou decreto, mas não atende os interessados. Os pescadores não vão vir pescar em Mato Grosso do Sul , os pesqueiros estão vazios, rede hoteleira, prejuízo total da forma que ficou”.

Conforme justificativa do parlamentar, da forma que ficou o decreto, os rios continuarão sem preservação. “Não tem fiscalização, as pescas continuam clandestinas, o desmatamento nas beiras dos rios continuam, uma série de questão que as espécies não vão ser preservadas”.

É preciso um trabalho mais efetivo e uma fiscalização mais dura, conforme sugeriu Almi. “Repovoar rios, combater assoreamento, desmatamento nas margens de rios, aumentar o efetivos de policiais ambientais, que não se pesque nas cachoeiras, cabeceiras, é preciso um grande trabalho para repovoar os rios, não vai ser o pescador amador, tirando um peixe dois ou três que vai ajudar nisso. Pescar é cultura milenar, nunca de fato desapareceu peixes de rios, desaparecem quando tem grandes impactos ambientais, como o caso de Mariana, pescando não se acabar com peixe. Piracema é justamente que peixes possam procriar”.

O parlamentar Zé Teixeira (DEM) afirmou que a questão da diferenciação entre pescador profissional e amador é feita de forma equivocada. “Muitas pessoas que não são profissionais têm carteirinha para pescador profissional, não tem como fiscalizar. Essa situação deveria ser regularizada, pois como está não tem ordem e disciplina. E eu já fui em regiões que não têm mais peixes como antigamente”, alertou o deputado.

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