Débito ou crédito? Candidatos à prefeitura declaram ter mais de R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo
Nas últimas décadas, o termo ‘guardar dinheiro debaixo do colchão’ se tornou alvo rotineiro de críticas daqueles que defendem investimentos financeiros que fazem o dinheiro render e evitam perdas. Mas entre os políticos de Mato Grosso do Sul essa preocupação não está muito presente. É que na declaração de bens dos candidatos à prefeitura de […]
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Nas últimas décadas, o termo ‘guardar dinheiro debaixo do colchão’ se tornou alvo rotineiro de críticas daqueles que defendem investimentos financeiros que fazem o dinheiro render e evitam perdas. Mas entre os políticos de Mato Grosso do Sul essa preocupação não está muito presente. É que na declaração de bens dos candidatos à prefeitura de Campo Grande, quatro deles afirmaram à Justiça Eleitoral possuir mais de R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo.
Dos 14 candidatos à prefeitura de Campo Grande com registros feitos até o último sábado (26), quatro deles afirmaram ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), na declarações de bens, possuir um total de R$ 1.658.000,00 em moeda em espécie.
Dos candidatos ao comando da Capital, quem mais declarou possuir dinheiro em espécie consigo é o deputado estadual Márcio Fernandes (MDB). A quantia declarada pelo parlamentar que está no quarto mandato – R$ 1.075.000,00 – chamou atenção até nacionalmente e fez com que o político figurasse em listas de políticos com montantes milionários em espécie.
No caso do deputado, o total de bens que ele declarou possuir, somando depósitos em conta, imóveis, propriedade rural e o dinheiro vivo, chega ao montante de R$ 2,6 milhões. Ou seja, quase metade dos recursos do deputado estão em dinheiro vivo.
Só pra se ter uma ideia, se toda a bolada do candidato for armazenada em notas de R$ 100, é necessário espaço para guardar 10.750 notas. Mas se o montante já estivesse nas novas notas de R$ 200, seriam 5.375 notas para chegar ao total.
Quem também declarou possuir dinheiro em espécie é o candidato Marcelo Miglioli (SD), ex-secretário de Obras da gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), Miglioli disse ao TRE-MS que tem R$ 400 mil em espécie. No caso dele, o total de bens declarados chega a R$ 5,3 milhões.
Deputado estadual no primeiro mandato, João Henrique Catan (PL), também declarou possuir dinheiro em espécie. Ele afirmou ter R$ 150 mil em dinheiro. O que chama atenção no caso de Catan é que o dinheiro vive representa quase a totalidade de seus bens, que somaram R$ 166 mil.
Por último na lista dos que declaram ter dinheiro em espécie está o deputado federal Loester Trutis (PSL), a candidatura de Trutis deve ser impugnada pelo TRE-MS após decisão da Justiça que invalidou a convenção municipal que terminou com a indicação do deputado. Mesmo assim, ele declarou possuir R$ 33 mil em espécie.
Milionários
Confira neste link, levantamento do Jornal Midiamax que detalha o total em bens declarados por cada candidato à prefeitura de Campo Grande. Dos 14, apenas uma candidata não declarou possuir bens.
Todos os dados sobre as candidaturas dos políticos são público e podem ser conferidos no DivulgaCand 2020.
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