‘Dança das cadeiras’ na Câmara de Campo Grande pode diminuir e extinguir bancadas

A ‘dança das cadeiras’ de vereadores que começará a ser consolidada a partir de março, quando inicia o período da janela partidária, fará com que bancadas da Câmara Municipal de Campo Grande sejam reduzidas ou mesmo deixem de existir – situação que influencia na formação de comissões, por exemplo. Até agora, sete dos 29 vereadores […]

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Foto: Izaias Medeiros
Foto: Izaias Medeiros

A ‘dança das cadeiras’ de vereadores que começará a ser consolidada a partir de março, quando inicia o período da janela partidária, fará com que bancadas da Câmara Municipal de Campo Grande sejam reduzidas ou mesmo deixem de existir – situação que influencia na formação de comissões, por exemplo.

Até agora, sete dos 29 vereadores falam que devem deixar os atuais partidos e seguir para outra agremiação partidária, seja por desentendimentos ou por planos que podem ser mais facilmente viabilizados em outro cenário político.

Otávio Trad, hoje, é o único vereador do PTB e já disse que vai para o PSD dos tios Marquinhos Trad, prefeito da Capital, senador Nelson Trad Filho e deputado federal Fábio Trad. Desta forma, a bancada petebista vai deixar de existir na Câmara.

Hoje segunda maior bancada da Casa de Leis, o PP pode ser reduzido e ficar apenas com um vereador. Dharleng Campos e Valdir Gomes já afirmam que vão sair da legenda – os dois alegam que a atual sigla está desorganizada mesmo com a proximidade do processo eleitoral. Cazuza, que preside o PP em Campo Grande, deve continuar.

'Dança das cadeiras' na Câmara de Campo Grande pode diminuir e extinguir bancadas
Vereadores durante a última sessão de 2019, que ocorreu na quinta-feira (19). (Marcos Ermínio, Jornal Midiamax).

O vereador André Salineiro (PSDB) analisa também a possibilidade de deixar o ninho tucano. Mas mesmo com sua eventual saída, o PSDB continuará, por enquanto, sendo a maior bancada em número de vereadores. São seis ao todo.

Vinicius Siqueira atualmente é o único vereador do DEM, que pode deixar de existir na Câmara de Campo Grande, caso se confirme a saída. Na semana passada, o parlamentar disse ao Jornal Midiamax que nenhuma decisão neste sentido foi tomada, mas admitiu que recebe convites do PSL e também do Aliança pelo Brasil, partido anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro e que está em fase de criação.

O PDT tem duas cadeiras no parlamento municipal e pode deixar de ter representantes. A saída de Odilon de Oliveira Junior já é mais certa. Junto com o pai, Odilon de Oliveira, o parlamentar vai para outro partido. Contudo, nesta semana, ele voltou a dizer que o rumo partidário ainda está indefinido.

Ademir Santana, hoje no PDT, comentou no fim de 2019 que pode deixar o grupo. A fala ocorreu em meio à suspensão imposta pela direção municipal. Tanto ele quanto Odilon Junior não votaram pela abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o Consórcio Guaicurus, mesmo com a indicação pela apuração por parte do PDT.

A janela partidária abre em 5 de março até 3 de abril deste ano. A brecha permite ao parlamentar, neste ano apenas aos vereadores, deixar os atuais partidos sem o risco que, sem a janela, eles têm de perder o mandato por infidelidade partidária.

Antes no SD, Dr. Cury está sem partido desde agosto passado. Ele teve autorização da direção em MS, comandada pelo deputado estadual Herculano Borges, portanto, não precisou aguardar a janela partidária para deixar o SD. Porém, terá de escolher um novo partido até as próximas eleições e comporá, desta forma, uma nova bancada no Legislativo municipal.

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