Os deputados Herculano Borges e Lucas de Lima, ambos do SD, afirmaram que o partido não vai pedir o mandato do vereador Eduardo Cury, que anunciou sua saída da legenda nesta terça-feira (06).
“Já tínhamos dado o aval para ele sair e ele entregou o documento agora”, disse Herculano. Ele afirma que não há a intenção de prejudicar ninguém, por isso a escolha foi por não questionar a ruptura.
Via de regra, os partidos podem questionar judicialmente quando um integrante com mandato quer se desfiliar, alegando infidelidade partidária. A Justiça Eleitoral abre brecha para que isso ocorra na chamada janela partidária, que tem um período determinado e libera os parlamentar de fazerem trocas de legenda, sem risco da perda de mandato.
Não é o caso de Cury, que não esperou este prazo. Mas, para Herculano, o projeto do vereador não estava batendo com o do SD. “Não adianta colocar o Neymar no seu time se ele não quer jogar. Parece que o projeto pessoal dele não bate com o SD e o partido não vai entrar na Justiça, ele já foi liberado”.

O mesmo pensamento é compartilhado por Lucas de Lima, que preside a legenda em Campo Grande. “O partido de forma alguma vai pedir o mandato. Resolvemos dar a carta com o aval”.
Eduardo Cury, na manhã desta terça-feira, afirmou que não compactua com os pensamentos do então partido, presidido por Paulinho da Força, sindicalista e político brasileiro e também o atual presidente nacional da central sindical Força Sindical.
Por outro lado, o parlamentar tem inclinação pelos preceitos do presidente da República, Jair Bolsonaro, do PSL. Mesmo com proximidade de ideologia, a sigla não deve ser o destino de Cury que, por enquanto, fica ‘sem partido’.