Alegando tratamento diferenciado, a defesa de idenor Machado (PSDB) tenta reverter o parecer emitido pela Comissão Processante da Câmara Municipal de – distante 225 km de Campo Grande – e não descarta apelar à Justiça para evitar que o mandato do tucano seja cassado.

Idenor foi alvo da , que apura se vereadores receberiam ‘mesada' para favorecer empresas do ramo de tecnologia da informação em contratos firmados com o Legislativo Municipal. Ele está afastado do mandato por força de ordem judicial desde que a operação foi deflagrada em dezembro passado.

Apesar do relatório recomendar que ele perca o mandato por quebra de decoro parlamentar, a defesa do vereador corre contra o tempo para tentar reverter o parecer, em recurso apresentado à Comissão Processante.

A defesa argumenta que se as comissões processantes que analisaram o caso de Pedro Pepa (DEM) e Pastor Cirilo Ramão (MDB) emitiram parecer pelo arquivamento da cassação por falta de provas, o mesmo deveria ter ocorrido com o tucano, já que estão implicados nas mesmas denúncias.

“Idenor está sendo processando nas mesmas circunstâncias que os outros dois [vereadores] envolvidos que tiveram parecer favorável [pela absolvição]”, pontua o advogado Felipe Cazuo Azama.

O advogado pontua, ainda, que o fato do parlamentar ter sido preso durante a Cifra Negra não seria motivo suficiente para o mandato dele ser cassado. “Os outros também foram. A gente só pede um tratamento igualitário”, completa. “Se for mantido esse entendimento, vou usar esses argumentos em plenário”, adianta.

A votação que pode tirar de Idenor o cargo público está prevista para as 17h desta segunda-feira (20), mas até a publicação deste material, o recurso ainda não tinha sido julgado.