Operação Cifra Negra: Vereadores são suspeitos de receber ‘mesada’ para beneficiar empresas

Vereadores de Dourados – distante 225 km de Campo Grande – são suspeitos de praticarem crimes de corrupção ativa e passiva ao supostamente favorecerem empresas do ramo de tecnologia da informação. Em troca dos ‘favores’, os três vereadores presos receberiam uma espécie de ‘mesada’ do grupo. As investigações da Operação Cifra Negra, que levou os […]

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Vereadores de Dourados – distante 225 km de Campo Grande – são suspeitos de praticarem crimes de corrupção ativa e passiva ao supostamente favorecerem empresas do ramo de tecnologia da informação. Em troca dos ‘favores’, os três vereadores presos receberiam uma espécie de ‘mesada’ do grupo.

As investigações da Operação Cifra Negra, que levou os vereadores Pedro Pepa (DEM), Idenor Machado (PSDB) e Cirilo Machado (MDB), além do ex-vereador Dirceu Longhi (PT) e o ex-servidor da Câmara Amilton Salinas, para cadeia, correm em segredo de Justiça.

Entretanto, a presidente da Casa, vereadora Daniela Hall (PSD) concedeu entrevista coletiva e revelou algumas informações. Ela suspeita que as empresas envolvidas no suposto esquema investigado pela 16ª Promotoria de Justiça ainda estejam operando na Câmara Municipal.

“Me parece que ainda existam empresas que prestam serviços sim. A gente ainda não teve tempo de fazer esse levantamento pois o expediente de ontem já havia sido encerrado quando tudo aconteceu”, ressaltou.

O grupo, ainda segundo Hall, atuou supostamente entre os anos de 2010 e 2016. Ela informou que apesar das prisões, todas as atividades da Câmara estão mantidas “até segunda ordem”, ressalta que os suplentes ainda não foram convocados e que a “Câmara disponibilizará todas as informações necessárias para colaborar com as investigações”, assegurou.

Quer ser presidente

Além dos cinco implicados que tiveram os nomes revelados, a Polícia Civil prendeu outras cinco pessoas. Os nomes ainda não foram divulgados. Todos seguem presos na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

O democrata Pedro Alves de Lima, o Pedro Pepa, almeja o comando da Mesa Diretora da Casa. Em sua chapa, outro preso. O emedebista Cirilo Ramão, 2° secretário da Câmara. Ela também abriga Silas Zanata (PPS), como 1° secretário, e Junior Rodrigues (PR) como vice.

‘Legislativo Forte’ é alvo de pedido de impugnação protocolada na tarde de quinta-feira (6). O pedido foi feito pelo farmacêutico Racib Panage Harb, também responsável pela denúncia ao Conselho de Ética contra vereadora Denize Portolann (PR) – presa há 35 dias, suspeita de integrar esquema de fraude em licitação na prefeitura -.

Ele argumenta que os implicados usurparam a Câmara Municipal para ‘desvirtuar o bem comum’, sendo conduta ‘absolutamente imoral’ a condução do grupo ao comando da Casa. A eleição acontece nesta sexta-feira (7), às 14 horas.

O grupo concorre com a chapa formada pelos vereadores Alan Guedes (DEM), Elias Ishy (PT) como vice, Sérgio Nogueira (PSDB), como 1° secretário e a atual presidente da Casa, Daniela Hall (PSD), como 2° secretária.

Afastamento

Além do pedido de impugnação da chapa, Pedro Pepa, Cirilo Ramão e Idenor Machado foram alvo de pedido de afastamento e abertura de processo na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.

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