‘Reconheço o erro’, diz vereador que fez declarações sobre morte de vereadora
Parlamentar corumbaense se retratou
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Parlamentar corumbaense se retratou
O presidente da Câmara de Vereadores de Corumbá Evander Vendramini (PP) se retratou neste final de semana nas redes sociais após comentar sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), na última quarta-feira (14).
“A parte que me referi que a vereadora do Rio de janeiro foi eleita pelo tráfico eu retiro da minha fala em postagem que fiz, até pq eu não sei nada sobre isso, fui influenciado pela fala da desembargadora carioca, se alguém se incomodou peço desculpas, errei e reconheço o erro!!”, postou.
O vereador, que em 2014 disputou o cargo de governador de Mato Grosso do Sul, apagou a mensagem original, onde fazia acusações contra a vereadora, cuja morte chocou o país e gerou manifestações em dezenas de cidades brasileiras, como a que ela foi eleita pelo tráfico.
Presidente do partido no Estado, Alcides Bernal comentou a retratação do correligionário nas redes. “Evander Jose Vendramini Duran é pessoa digna e humilde para reconhecer um equívoco ou erro. Conhecemos a sua índole e seus princípios humanitários, e do quanto você defende a democracia, as instituições e poderes republicanos. Você é uma liderança respeitável”, disse.
Boatos
Após a morte de Marielle começaram a circular boatos sobre ela, como a que foi casada com o traficante Marcinho VP e que havia recebido dinheiro do Comando Vermelho durante as eleições de 2016.
A rede notícias falsas, ou Fake News, também divulgou que além da associação com o crime organizado ela também engravidou aos 16 anos.
Uma desembargadora do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), Marília Castro Neves, fez um post semelhante ao de Vendramini, afirmando que o comportamento político da vereadora foi ‘determinante’ para o seu fim.
Além de combater a onda de boatos e notícias falsas, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que o partido vai acionar o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) buscando providências contra a desembargadora.
Além dela e do vereador corumbaense, o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), também usou as redes sociais para espalhar os boatos de que ela foi eleita pelo tráfico, e seria ex-mulher de traficante. O PSOL estuda ações contra o parlamentar.
Socióloga formada pela PUC Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), Marielle era ainda mestre em Administração Pública pela UFF (Universidade Federal Fluminense), referência na defesa dos direitos humanos e na denúncia de ações violentas contra moradores de comunidades carentes.
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