Preso em Campo Grande, Chiquinho Brazão discursa por videoconferência na Câmara: ‘sou inocente’
Deputado federal Chiquinho Brazão é acusado de ser um dos possíveis mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018
Thalya Godoy –
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O deputado Chiquinho Brazão (sem partido), preso acusado de ser um dos supostos mandantes dos assassinatos da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018, falou, nesta quarta-feira (24), no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
O parlamentar, que está detido no Presídio Federal em Campo Grande desde 27 de março, participou por videoconferência na sessão do conselho que analisa a possível cassação do mandato. Ele afirmou que irá provar a inocência e cobrar retratação dos que o acusaram.
“Ao final de tudo isso, eu provando, e provarei a minha inocência, que pudessem, aqueles que já ouvi em outros momentos aqui, se retratar futuramente em relação à minha família porque meus filhos, meus netos, meus irmãos, todos, com certeza, estão sofrendo muito devido à opinião popular. E a palavra de um deputado, o alcance é muito grande. Vou me resumir a dizer para vocês que sou inocente e provarei a minha inocência”, alegou.
Chiquinho Brazão relembrou que teve quatro mandatos como vereador no Rio de Janeiro e estava no segundo mandato como deputado federal.
Chegada a Campo Grande
Com um aparato policial reforçado por agentes da Polícia Federal, Militar e policiais penais federais, o deputado federal Chiquinho Brazão chegou a Campo Grande, em 27 de março, para ser encaminhado para o Presídio Federal.
Cerca de 15 policiais fazem a escolta do deputado até o Presídio Federal. Ele foi preso em 24 de março, em uma operação da Polícia Federal, no caso Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, assassinada com o motorista Anderson Gomes em 2018. O irmão de Chiquinho foi transferido para Porto Velho.
O delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de participar do crime, ficará encarcerado em Brasília. Chiquinho e o irmão são apontados na investigação como mandantes na morte de Marielle. Já Rivaldo Barbosa teria protegido os suspeitos.
Além dos homicídios, o trio também responde pela tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Auxiliam na operação a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Essa operação tem como alvos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
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