‘Governo está mais otimista com economia’, diz Azambuja após reunião com Temer

‘Reunião renovou o ânimo dos gestores’

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‘Reunião renovou o ânimo dos gestores’

O governador Reinaldo Azambuja participou nesta terça-feira (25) de um almoço na residência oficial da presidência da Câmara dos Deputados com o Presidente da República, Michel Temer, Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, presidente da Câmara, Rodrigo Maia, presidente do Senado, Eunício Oliveira, 12 governadores, 3 vice-governadores e deputados da base do governo. Segundo Azambuja, a reunião renovou o ânimo dos gestores estaduais com o quadro apresentado pelo ministro que mostra a recuperação da economia “concretizada”.

“A retomada do crescimento é uma realidade e vem sendo alavancada pelos governos, setor produtivo e pela sociedade como um todo. Conseguimos fazer o dever de casa, manter o equilíbrio das contas, cumprir as obrigações fiscais, financeiras e orçamentárias, além do reforçar o programa de incentivos fiscais, que resultaram em um ambiente de confiança aos investidores. Não há dúvida que esses fatores estão contribuindo para aumentar o número de postos de trabalho e colocar MS como o 3º estado em geração de emprego no país”, declarou o governador.

De acordo com Reinaldo, na visão do ministro, a recuperação econômica já está “concretizada”, uma vez que o Produto Interno Bruto (PIB) voltará a crescer a um patamar de 2,7% neste ano. Meirelles atribuiu a volta da confiança dos consumidores e empresários ao ajuste fiscal posto em prática pelo governo federal. Nesse cenário, o ministro destacou durante a reunião, os efeitos do limite aos gastos públicos, aprovado no ano passado, que trarão mais recursos, investimentos e crescimento ao País.

O ministro falou ainda sobre a importância de outras reformas propostas pelo governo, dando como exemplo a reforma da Previdência Social. “A mudança nas regras de aposentadoria, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados, será fundamental para estabilizar as despesas públicas”, pontuou o ministro. Entre as medidas previstas na proposta está a adoção de uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres acessarem ao benefício. O tempo de contribuição, de acordo com novo texto da proposta, continua de 25 anos.

Para o governador, o resultado do desequilíbrio do sistema previdenciário é sentido nas contas estaduais, por isso a reforma se faz necessária. “O problema ocorre não só no Estado, mas em todo o país e temos que construir uma estrutura que ande junto com a reforma que o presidente Temer deve encaminhar ao Congresso, algo que transcende a política. Nossa meta é interromper a trajetória de crescimento elevado do déficit da Previdência, para investir mais nas pessoas e promover o desenvolvimento do Brasil”, afirmou Reinaldo.

Durante o encontro, os governadores puderam tirar dúvidas sobre o relatório da reforma da Previdência, elaborado pelo do deputado federal relator da proposta, Arthur Oliveira Maia.

Corredor Bioceânico

Com o objetivo de melhorar a logística e a competitividade de Mato Grosso do Sul, Reinaldo deu mais um passo para a concretização dos corredores bioceânicos ferroviário e rodoviário que encurtam a distância entre o Brasil e os mercados internacionais. Na tarde desta terça-feira (25), o governador esteve no Itamaraty, onde se reuniu com o Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, para tratar do assunto.

“Reforçamos a possibilidade concreta de uma integração comercial com o Paraguai, Argentina e Chile, uma vez que para unir Santos a Ilo faltam somente 200 km de ferrovia dentro do território boliviano. Sobre o corredor bioceânico rodoviário que liga Brasil, Paraguai Argentina e Chile, o primeiro passo para a efetivação é a construção da ponte sobre o rio Paraguai em Porto Murtinho. Tivemos um grande avanço na questão da ponte. O ministro Aloysio Nunes nos informou que o acordo binacional Brasil-Paraguai passou por aprovação no Senado e segue para a Câmara dos Deputados”, informou Reinaldo.

A obra vai possibilitar ao Paraguai abrir uma rodovia que liga Carmelo Peralta, localizado na divisa com o Mato Grosso do Sul, até Marechal Estigarriba, na fronteira com a Argentina. Esse trecho, no Paraguai, totaliza 360 km, que após pavimentado permite a saída para o oceano Pacífico. Os tratados internacionais celebrados pelo Brasil preveem autorização do parlamento como pressuposto constitucional para efetivação.

A construção da ponte rodoviária internacional já possui acordo de intenções formalizado entre Brasil e Paraguai, um projeto executado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) avaliado em U$ 30 milhões e aguarda agora o aval do Congresso Nacional e da Presidência da República para sair do papel. O trecho possui distância rodoviária um pouco maior, mas economiza 11 mil quilômetros através do oceano Pacífico, sem ter que atravessar pelo canal do Panamá.

“Com a construção da ponte, a partir de Porto Murtinho o corredor cruzará território paraguaio e argentino até alcançar os portos de Antofagasta, Mejillones e Iquique, no Chile. Na costa chilena, o objetivo é facilitar a penetração dos produtos do Centro-Oeste nos mercados asiáticos, importantes compradores em especial do setor agropecuário sul-mato-grossense. Além de escoar a produção, a rota permitirá a importação direta de insumos a preços muito abaixo do mínimo de mercado”, explicou o governador.

Condecoração Rio Branco

Em sua passagem pela Capital Federal, Reinaldo foi condecorado pelo ministro Aloysio Nunes, com a medalha da Ordem de Rio Branco, no grau de Grã-Cruz. De acordo com o Palácio do Planalto, a Ordem de Rio Branco é “a mais alta condecoração da diplomacia brasileira” e homenageia pessoas físicas, jurídicas, corporações militares, instituições civis nacionais ou estrangeiras pelos seus “serviços e méritos excepcionais”.

A Ordem de Rio Branco é composta pelos graus Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro. A condecoração foi publicada no Diário Oficial da União, na edição de quarta-feira (19/04).

Emendas

No final da tarde, Reinaldo se reuniu com Ministro-chefe da Casa Civil, Elizeu Padilha. Na ocasião, foram discutidas a liberação de emendas pendentes de anos anteriores e de projetos solicitados por meio do Sistema de Convênios (Siconv).

 

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Foto ilustrativa | Reprodução