Valor de recursos chega próximo a R$ 2 bilhões

 

Ainda falta aprovação da Câmara dos Deputados, mas o Senado Federal já aprovou o projeto de lei que prevê a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, que pode destinar quase R$ 2 bilhões para custeio das eleições do próximo ano, o que dividiu opiniões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

“Foi um debate falso, um discurso manco”, disparou o deputado Amarildo Cruz (PT), que frisou que é uma saída é retirar verba da publicidade, mas não das emendas parlamentares, o que pode prejudicar atendimento das necessidades da população.

O dinheiro que compõe o Fundo virá de 30% do valor destinado a emendas parlamentares de bancada durante os anos eleitorais, e de verba arrecadada com o fim da propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão.

Para o líder da bancada do PMDB, deputado Eduardo Rocha, apesar da discussão no Congresso, é preciso aguardar uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que deverá se manifestar, segundo ele, nesta e em outras questões, como o fim das coligações e a cláusula de barreira.

Já o líder do governo na Casa, deputado Rinaldo Modesto (PSDB), acredita que a matéria não altera o cenário das próximas eleições. O tucano disse ser contrário à criação do Fundo.

Para Renato Câmara (PMDB) a escolha do Senado era o ‘melhor caminho’, enquanto Herculano Borges (SD) pontuou que só tempo dirá se o projeto, polêmico segundo ele, é bom ou ruim.