Wilson do Prado é acusado de ter sido evasivo em explicações sobre o ajuste que a Prefeitura passa

Portas fechadas, reunião e nada definido do encontro entre vereadores e os titulares da Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle de Campo Grande (Seplanfic) e da Secretaria Municipal de Administração (Semad) com vereadores na Câmara Municipal na tarde da quarta-feira (15). 

Os dois secretários foram à Casa de Leis para entregar a proposta de orçamento de 2016 e devem receber nos próximos dias um ofício do Poder Legislativo de Campo Grande sobre os ajustes da Prefeitura, para se chegar até dezembro deste ano a uma economia dos cofres públicos de R$190 milhões. 

O presidente da Câmara Municipal, o vereador Mário Cesar (PMDB) garantiu a providência que irá cobrar explicações detalhadas a respeito da realidade financeira da Administração.

“Quando o Bernal deixou a Prefeitura havia R$ 230 milhões de débitos a pagar e não se falava em crise, agora só se fala nisso. Queremos por escrito as explicações de como esses ajustes serão feitos e qual a situação financeira que a Administração realmente se encontra. ”, afirma Mário Cesar.

O anseio dos vereadores pode ser bem ilustrado pela insatisfação de Luiza Ribeiro após o encontro com Scaff e Do Prado. De acordo com a parlamentar a redução dos custos não deveria sacrificar áreas essenciais como Saúde e Educação.
“A Prefeitura deve a Santa Casa algo em torno de R$ 10 milhões quantia equivalente ao que se gasta com comissionados. Pelo menos 10% da folha de pagamento da Administração Municipal é direcionada ao pagamento de comissionados”, criticou os secretários, afirmando ainda que Wilson do Prado foi evasivo nas explicações sobre os cortes.

Na saída da reunião, Wilson do Prado voltou a manter mistério sobre o critério e velocidade que fará ‘os ajustes’ na Administração Municipal.O titular da Semad todavia discordou da conta de Luiza Ribeiro sobre os comissionados, que nos números dele ‘seriam apenas 5,6%’ da folha. 

“Quando a gestão de Gilmar Olarte começou teve que arcar com um custo de retomada, que dificultou a economia nos primeiros meses. Tivemos que recuperar a prestação de serviços à Sociedade, realizar benfeitorias a população e por isso só neste momento estamos promovendo os ajustes. São adequações pontuais que não irão prejudicar a população”, esclarece o titular da Semad.