Em cidade de MS vereador pode ser preso na próxima sessão ordinária
Desobediência de ordem judicial que pede a reintegração de vereadora seria o motivo
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Desobediência de ordem judicial que pede a reintegração de vereadora seria o motivo
Quinta-feira, dia de feriado em Ribas do Rio Pardo (distante 97 quilômetros de Campo Grande), não para o presidente da Câmara Municipal da cidade, que se não trabalhar pode ser preso. Ex-suplente parlamentar, e conduzido a Mesa Diretora por uma maioria de representantes legislativos empossados após o afastamento de oito vereadores do município, em virtude de um esquema de recebimento indevido de diárias e supostas fraudes em licitações, Sebastião Roberto Collis precisa cumprir em 24 horas uma ordem judicial de reintegração de mandato, sob pena de sanção judicial por desobediência.
Quem obteve o retorno a cadeira parlamentar foi a vereadora Lucineide Marques Mota (PSC), esposa do ex-prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Niero Friosi (DEM). Ela conseguiu junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul o direito a recuperar o seu mandato, ainda no início da semana, condição não teria sido atendida pela Câmara Municipal da cidade, segundo a sua Assessoria Jurídica.
“Quero retornar a minha função e provar que sou inocente. Fui eleita para isso e quero trabalhar pela população do meu município. Respeito os que foram afastados, que ainda estão sob investigação, assim como os que assumiram mas é preciso que se respeite as decisões da Justiça”, diz a vereadora que foi apontada na Operação do Gaeco (Grupo Ação e Combate ao Crime Organizado).
O Midiamax também tentou localizar o vereador Sebastião Roberto Colis para obter esclarecimentos sobre a situação mas não conseguiu localizá-lo.
Avalanche
No último trimestre de 2014 oito dos onze vereadores da legislatura eleita dois anos antes em Ribas do Rio Pardo foram afastados dos seus cargos em virtude da ‘Operação Viajantes’, coordenada pelo Gaeco. Entre os suspeitos de favorecimento, uso indevido de diárias parlamentares, improbidade administrativa e concussão, foram apontados todo os membros da Mesa Diretora da Câmara Municipal, além de um ex-segundo-secretário e outros três vereadores. Cinco servidores do Poder Legislativo da cidade também foram afastados das suas funções e seguem investigados depois da operação.
Na nova configuração da legislatura, oito suplentes haviam assumido e conduzido a presidência da Casa de Leis um representante do grupo de recém empossados, no caso o vereador Robertão, Sebastião Roberto Collis (PMDB). Caso ele não seja encontrado pelos oficiais de Justiça durante o dia de aniversário da cidade, pode responder judicialmente pela desobediência em reintegrar a ex-primeira dama e vereadora Lucineide Marques Mota ao seu mandato parlamentar.
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