Efeitos de operação do Gaeco levam igreja à Justiça contra Olarte

Adna do MT quer desvincular sua imagem da Adna de MS

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Adna do MT quer desvincular sua imagem da Adna de MS

A Operação Adna, feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e que resultou em ação criminal contra o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), acirrou uma animosidade entre duas igrejas evangélicas. A Adna (Assembleia de Deus Nova Aliança) Ministério Santa Cruz, do Mato Grosso, acionou a Justiça contra a Adna-BR (Assembleia de Deus Nova Aliança do Brasil), capitaneada pelo chefe do Executivo da Capital, que é pastor.

O motivo da disputa é o uso, por parte da Adna-BR, da marca oficial da Adna, formada pela imagem de duas alianças entrelaçadas, conforme alega a segunda. Além disso, a igreja do Estado vizinho reclama de prejuízos em decorrência da vinculação de seu nome à Operação Adna, a qual resultou em denúncia ao TJ (Tribunal de Justiça) contra Olarte, réu sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A ação da Adna começou a tramitar na 2ª Vara Cível de Campo Grande no dia 17 de agosto. A igreja mato-grossense pede liminar para que a congregação de Olarte “se abstenha imediatamente de usar a marca e o logotipo da autora em todo e qualquer meio”, bem como reparação de danos “em valor a ser fixado” pela Justiça.

Fundamentando os pedidos, a Adna lembra que, entre 2006 e 2009, Olarte foi membro da igreja. “Contudo, os problemas logo apareceram”, porque, conforme a petição, o pastor “passou a adotar entendimentos e condutas inadmissíveis segundo os parâmetros concebidos pela autora”.

Ao se desligar da Adna, ainda conforme a versão dos autores da ação judicial, Olarte pediu autorização para continuar usando a marca em outra igreja. A resposta foi de que “a igreja por ele fundada não poderia usar a marca Adna”.

Desde então, os mato-grossenses dizem que tentam, amigavelmente, dar fim ao imbróglio. “A ré persistiu na prática da conduta ilícita, fato esse que se agravou com a deflagração da ‘Operação Adna’ do Gaeco de Mato Grosso do Sul”, alegam à Justiça.

A Adna relata ainda que detém o registro oficial da marca no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). A Adna-BR teria sido impedida de fazer o mesmo, posteriormente.

Por parte da Adna, estaria havendo problemas para explicar não haver relação com a sul-mato-grossense de mesmo nome. “Como explicar que se trata de igrejas diferentes se os nomes são iguais? A Adna, autora desta ação, tem se desdobrado para explicar a todos os seus membros, e à população em geral, que nada tem a ver com a igreja homônima de Mato Grosso do Sul”.

Até o momento, não há decisão judicial acerca do pedido da Adna Ministério Santa Cruz. A reportagem tentou, por telefone, falar com alguém da Adna-BR, mas ninguém atendeu às ligações.

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