Pasta diminuiu o número de eventos

Durante a oitiva na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Contas Públicas, na tarde desta segunda-feira (29), o diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal do Esporte), José Eduardo Amâncio Mota, disse que precisa alugar seus espaços para garantir a prestação de alguns serviços.

“A manutenção de clubes é feita com permuta. A gente tem feito permuta de locação de campo com balde de cloro [para a manutenção das piscinas]. A gente tinha uma empresa que prestava serviços, e não temos mais. Com isso, perdemos muito. Hoje, por exemplo, só temos um salva-vidas em cada local”, resumiu.

De acordo com a Câmara Municipal, durante a oitiva de quase duas horas, o responsável pelo esporte no município disse que para conter despesas a pasta diminuiu o número de eventos, jogos e de categorias em disputa nas competições. Além disso, reduziu as modalidades nos jogos municipais, o apoio às entidades esportivas e, dentro da própria Fundação, cortou comissionados e reduziu o custeio.

“Há um decreto da Prefeitura de que não se pode pagar diária para o técnico viajar. Chefe de delegação dorme mal, em um colchão, não tem sábado, nem domingo, e nem diária. É difícil e a gente está respeitando isso”, completou.

De acordo com o diretor, a pasta tem um gasto de R$ 440 mil mensais com a folha de pagamento e há, também, funcionários cedidos de outras pastas, caso da Semed (Secretaria Municipal de Educação).

CPI

A CPI foi instaurada no dia 5 de maio e tem como membros o vereador Eduardo Romero (presidente – PT do B), vice-presidente Paulo Pedra (PDT), relator Airton Saraiva (DEM) e como membros Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Thaís Helena (PT).

Já passaram por oitiva os secretários de saúde Jamal Salem; Administração, Wilson do Prado; o diretor-presidente da Funsat, Cícero Ávila, interino de educação Wilson do Prado. Não está descartada a possibilidade de reconvocação, caso os integrantes da CPI encontrem necessidade de mais esclarecimentos, bem como solicitação de mais documentos.