Com cargos, PMDB rejeita rótulo de golpista mas não descarta cassação de Olarte
Presidente da Câmara diz que sociedade vai dar o limite a Olarte
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Presidente da Câmara diz que sociedade vai dar o limite a Olarte
Vereadores do PMDB rebateram veementemente a declaração do vice-presidente estadual, Esacheu Nascimento, que alertou para o risco do partido viver “de golpe em golpe”. Todavia, não descartam a cassação de Gilmar Olarte (PP).
“Não acredito nesta linha de raciocínio de golpe. Acredito que ele tenha dito no sentido de que as pessoas não podem ser desprezíveis a ponto de dizer: se não está bom, a gente tira. Mas, temos que cobrar resultado. Tem que fazer ele se encaixar neste processo de atender a população”, analisou o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB).
Segundo o vereador, a questão é de não querer “azedar” a relação, o que não quer dizer que providências não possam ser tomadas. “O limite vai ser o tom que a sociedade e a própria imprensa vai dar. Espero que ele consiga encaixar as coisas nos trilhos. Estamos sendo tolerantes, esperando que as coisas funcionem. Tem tudo para funcionar. Basta um pouco de vontade”, declarou.
Indagado sobre as diferenças entre Olarte e Alcides Bernal (PP), Mario alegou que está no fato de Olarte pelo menos estar disposto a conversar. “É um problema comportamental, de personalidade. O Olarte está disposto a ouvir, mas tem que fazer. Se fizesse tudo que a gente fala, estaria muito bem, obrigado”, concluiu.
O líder do PMDB na Câmara, vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB), foi mais enfático, afirmando que o partido não vai se calar caso a situação chegue a um extremo. “Temos que ajudar. Estamos dando a oportunidade. A nossa responsabilidade existe e se tiver que tirar, quem quer que seja, vamos tirar, como foi com o Bernal. Mas, isso é última consequência e quando não tiver mais o que fazer, como aconteceu com o Bernal”, declarou.
A vereadora Carla Stephanini (PMDB) rejeitou, veementemente, o título de “golpe”, afirmando que Bernal foi afastado por elementos robustos e vigorosos, pautados por uma CPI e uma Comissão Processante. Ela ressaltou que ninguém está falando na substituição do prefeito, mas na capacidade de gestão.
“Estamos pedindo uma reflexão para que a população tenha a resposta que precisa. Desde o começo eu disse que vou agir de acordo com os interesses de Campo Grande, votando aquilo que é bom para a cidade. Estamos discutindo o cotidiano da cidade”, concluiu.
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