Corpo de professor morto em acidente pode ter ficado horas na rodovia

 Motoristas viram o acidente às 8 horas desta segunda-feira 

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 Motoristas viram o acidente às 8 horas desta segunda-feira 

Enquanto a perícia analisava o local do acidente que matou o professor Edson Diego Aparecido Belchior Corrêa, de 29 anos, na tarde desta segunda-feira (6), uma testemunha chegou ao local alegando que na verdade a colisão aconteceu na parte da manhã, por volta das 8 horas. A polícia só foi avisada sobre o fato por volta das 14 horas, quase seis horas depois.

Adriano Antônio Farinha, de 48 anos, chegou à rodovia MS-010 no final do trabalho da polícia e conversou com os peritos. O proprietário do bar Empório Rochedinho lembrou que por voltas das 8h20 um cliente chegou ao estabelecimento contado que na estrada havia um acidente envolvendo um motociclista.

No relatou, o homem contou para o dono do bar que viu uma “moto grande destruída e o corpo de um rapaz caído mais para frente”, mas não parou e nem ligou para a polícia, pois alguns carros que vinham atrás dele começaram a estacionar no local e por isso acreditava que o resgate já havia sido acionado.

O comerciante afirmou que foi só às 15 horas a notícia da morte do professor chegou ao seu bar e pelas características percebeu que era o mesmo acidente. Ele então resolveu ir até o local, que também batia com as informações passadas pelo cliente, para avisar a polícia.

Com a perícia, os policiais contataram que de fato o acidente pode ter acontecido horas antes, já que o corpo do professor já apresentava rigidez. Outro ponto que também pode confirma a hipótese, é que a professora com que ele teria uma reunião e por isso ia até a escola, só trabalha no período da manhã.

Para a equipe do Jornal Midiamax, Adriano contou que levou um susto ao saber quem era a vítima do acidente. No sábado (4) depois de dar sua aula na Escola Municipal Barão do Rio Branco, Edson foi até o bar e pediu um salgado e um suco, os dois conversaram. Colegas de trabalho do rapaz, assim como o comerciante, a descreveram como prestativo e sempre disposto a ajudar.

Perícia

Segundo o perito Emerson de Souza, não tem como saber com precisão o que causou a saída de Edson da pista, mas a “alta velocidade é uma certeza”. Para ele, a velocidade justifica as distancias em que o corpo e a moto foram parar do momento que a motocicleta, uma Suzuki GSXR 750, OOT-8633, de Campo Grande, saiu da rodovia.

O professor seguia em sentido a Rochedinho quando ao fazer uma curva, perdeu o controle da direção, saiu da pista, atingiu um barranco na margem da rodovia e foi arremessado cerca de 30 metros da motocicleta. Na pista, aproximadamente 27 metros do local onde a moto parou e próximo dos primeiros sinais do acidente, os militares encontraram a Seriema morta.

Os peritos ainda concluíram que o motociclista voou do veículo, já que entre a motocicleta e o professor havia um barranco e nenhum vestígio de que o corpo foi arrastado. “Quanto à ave não tem como dizer que ela teve interferência no acidente. O grande fator para o acidente foi à velocidade”, afirmou Emerson.

Edson possuía habilitação e os documentos da moto estavam em dia. A carteira dele, com os documentos pessoais foram encontrados no bolso do short que vestia e o capacete ao lado do corpo.

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