De fabricação holandesa, o Fokker 100 – modelo de aeronave mais usado pela TAM em vôos domésticos – já foi protagonista de uma série de acidentes no Brasil. Apesar de a companhia garantir que o avião é seguro, o número de desastres com este tipo de aeronave assusta muita gente.

O mais grave aconteceu em outubro de 96, quando um Fokker caiu poucos minutos após decolar do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. No total, morreram 99 pessoas, incluindo três que estavam em uma rua perto do aeroporto. Nove meses depois da tragédia, uma explosão na traseira de um avião do mesmo modelo, em São José dos Campos, matou uma pessoa e outras sete, dentre passageiros e tripulantes ficaram feridas.

Em novembro de 1999, um Fokker que vinha de São Paulo bateu com força no solo ao pousar. O piloto manobrou a aeronave para a esquerda saindo da pista em direção ao gramado e arrastando a asa esquerda no chão. O trem de pouso se quebrou e uma das rodas foi parar a 50 metros. Nenhum dos 101 passageiros e seis tripulantes se feriu.

Em setembro do ano passado, um outro Fokker 100 da TAM, que ia de Recife para Campinas (SP), fez um pouso forçado em Belo Horizonte depois que uma peça da turbina se soltou. A peça quebrou três janelas, causou despressurização a bordo e atingiu uma passageira, que morreu. Trinta e três pessoas ficaram feridas.

2002: Este ano, o modelo já havia apresentado problemas. Em fevereiro, o superaquecimento no sistema de freios provocou pânico entre os passageiros do avião que vinha de Recife com destino a São Paulo com escala no Rio de Janeiro. Na hora do acidente, a aeronave estava taxiando no aeroporto Tom Jobim. Ninguém ficou ferido.

No mês de abril, dois novos acidentes: o Fokker 100 da TAM, que faria o trajeto Rio – Porto Alegre, teve que fazer um pouso forçado no Aeroporto Internacional Tom Jobim cinco minutos depois da decolagem. Apenas dois minutos após levantar vôo, quando já estava a cerca de mil metros de altura, uma de suas portas laterais se abriu, obrigando o comandante a retornar imediatamente para o aeroporto a fim de evitar um acidente.

Dez dias depois um novo susto para os 28 passageiros que iam de São Paulo para Vitória. O piloto teve que fazer uma aterrissagem de emergência no Galeão, por causa de problemas com os pneus. Ninguém ficou ferido.