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Polícia

Menino de 2 anos que está em coma após supostas agressões respira com ajuda de aparelhos

Polícia cumpriu mandados de prisão temporária contra o padrasto e a mãe da criança nesta quinta-feira (31)
Lívia Bezerra -

O menino, de 2 anos, que está em coma após supostas agressões, está respirando com ajuda de aparelhos na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Campo Grande, nesta quinta-feira (1º). 

Nesta manhã, a Santa Casa informou à reportagem que o menino continua em coma, com ausência de reflexos, “respirando com ventilação mecânica e aos cuidados e monitoramento intensivo”. 

O caso deu entrada, inicialmente, como acidente, mas a polícia já trata como tentativa de homicídio e tem o padrasto do menino como suspeito. A DEPCA (Delegacia de à Criança e ao Adolescente) cumpriu mandados de prisão temporária contra o padrasto e a mãe da criança, nesta quinta.

O padrasto havia sido preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), no dia 30 de janeiro, em Terenos, sendo levado para a delegacia, ouvido e liberado, já que não havia mandados expedidos. A mãe também havia sido ouvida na delegacia, assim como a avó da criança, que contou que o companheiro da filha já havia agredido as crianças e a mulher.

Padrasto nega agressão em depoimento

O padrasto negou que tenha agredido a criança e que estava na região do bairro quando o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado para fazer o resgate. O suspeito negou que estava no local, mas duas testemunhas teriam o reconhecido.

O padrasto disse que recebeu uma ligação da mãe da criança pedindo ajuda dizendo que o filho havia caído, momento em que ele foi até o local e emprestou o celular para ela fazer a ligação para o socorro. A criança estava tendo espasmos, segundo o suspeito. 

Ainda na delegacia, ele contou que a mulher ‘surtava’ com os filhos e vivia brigando na rua. Segundo o homem, o menino era bem tranquilo, mas a irmã da vítima, de 4 anos, era bem ‘arteira’. Ele ainda contou que fugiu com medo, já que tinha um boletim de ocorrência registrado contra ele por .

Avó cita agressões de padrasto

O depoimento da avó cita ainda possíveis agressões que o menino e a mãe teriam sofrido por parte do atual padrasto.

À polícia, a avó contou que ficou sabendo pela filha que o neto teria caído, mas não soube como e nem onde os fatos teriam ocorrido. Ela diz que recebeu uma ligação do hospital na terça-feira, dia 23 de janeiro, sendo informada que teria ocorrido um acidente com o neto e que ela precisaria ir até lá buscar a irmã do menino.

No entanto, a avó não tinha condições de ir à Santa Casa e pediu ajuda a um conhecido para buscar a menina.

Conforme depoimento da avó, depois que a menina, de 4 anos, já estava em sua casa, o pai das crianças – ex-detento que deixou o presídio recentemente – teria ido ao local. Ele, então, disse que o menino, de 2 anos, teria morrido, por isso tinha o direito de levar a outra filha.

Ao chegar no hospital, ela descobriu que ninguém havia ido visitar a criança e soube que era mentira que o neto teria morrido. O médico teria dito a ela que o menino chegou muito machucado e com a ‘cabeça rachada’. 

Questionada pela equipe policial se a filha seria capaz de fazer algum mal para o menino, ela teria dito que acredita que tenha sido o namorado da menina, pois já teria ficado sabendo que a mãe e as crianças teriam sido agredidas pelo rapaz.

A avó ainda disse em depoimento que a filha estava com o olho roxo, pois teria se envolvido em briga com ex-colegas da escola. Mesma versão também relatada pela filha à polícia ao ser questionada sobre o machucado no olho.

Relembre o caso 

Quando a criança deu entrada no hospital, no dia 23, uma terça-feira, a versão relatada pela mãe – e sustentada por ela em depoimento à polícia – é a de que o menino teria caído de um degrau da escada da residência onde mora, enquanto brincava com a irmã, de 4 anos.

Os médicos disseram à polícia que o menino apresentava lesões incompatíveis com o relato da mãe e acionaram a e Civil.

O Conselho Tutelar também foi acionado.

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