O menino de 2 anos, internado na Santa Casa de Campo Grande, com suspeitas de agressão, segue em coma em terapia intensiva, nesta quinta-feira (8). A e o padrasto estão presos suspeitos do crime.

Segundo informações, a segue em leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica, em suporte clínico, com estado geral grave, sem alteração do último quadro clínico. O menino apresenta lesões no crânio, pulmão, fígado e líquido no abdômen. 

A Polícia concluiu que ele foi espancado. A mãe, de 19 anos, e o padrasto, de 24, são apontados como responsáveis pelas agressões e foram presos no dia 1º de fevereiro.

Várias versões

Segundo a delegada responsável pelas investigações, Nelly Gomes dos Santos Macedo, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), o casal apresentou diferentes versões sobre o caso para tentar despistar as investigações.

A primeira versão, apresentada quando a mãe, de 19 anos, pediu socorro ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), foi de que o menino havia caído em via pública. Já no hospital, a mulher disse que o filho caiu enquanto brincava em casa com a irmã mais velha, de 4 anos.

“Nossa maior dificuldade foi em estabelecer a dinâmica do que aconteceu com a criança, porque havia muitas inconsistências nas narrativas. Começamos a suspeitar dessas dinâmicas narradas e quando nos chegaram as informações dos graus das lesões que a criança sofreu eram lesões graves em órgãos vitais e nos fez suspeitar que não se tratava de um acidente, mas sim de algum ato violento contra essa criança”, explicou.

A delegada afirma que, em todas as versões, a mãe tentou inocentar o padrasto, de 24 anos. “Ela tentou defender ele apresentando versões que o tiraram das cenas”, relata.

Mesmo com o depoimento da mãe, que dizia que o companheiro não estava presente no momento da suposta queda, as investigações revelaram que o suspeito estava na casa onde ocorreram os fatos. Testemunhas também confirmaram terem visto o homem no local.

Conforme a polícia, a família estava em uma casa à venda, que foi invadida para que pudessem dormir no local. O casal, segundo apontam as investigações, vivia em situação de rua e invadia imóveis abandonados para passar as noites. “Eles viviam em casas invadidas”, afirma.

A Polícia também ressalta que o casal tentou se esquivar da responsabilidade dos fatos. “Eles fugiram para tentar se esquivar da responsabilidade e só apareceram porque as imagens foram divulgadas”, assegurou.