A Justiça, através da 1ª Vara do Tribunal do Crime, mandou prender os acusados pelo assassinato de Wesner Moreira, que foi morto ao ter mangueira de ar comprimido introduzida ao corpo em lava a jato de Campo Grande, os acusados Willian Enrique Larrea e Thiago Giovanni Demarco Sena foram condenados a 12 anos de por homicídio qualificado doloso.

O julgamento foi em março do ano passado, e a foi condenada a 12 anos de prisão, mas na época saiu pela porta da frente do tribunal ao recorrer da decisão que os condenaram à prisão. Agora, no dia 16 de fevereiro, o juiz mandou que fossem presos, “Encaminho Mandado Judicial de Prisão e a decisão que a decretou, expedido nos autos supracitados, em desfavor de Willian Enrique Larrea e Thiago Giovanni Demarco Sena, para os devidos fins”.

Na época do julgamento, a mãe de Wesner falou com o Jornal Midiamax, “Meu luto, virou luta”. Ela ainda revelou que não conseguiu dormir e passou a noite acordada a base de chás e orando muito. 

Ela contou que o coração dela ficou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital junto do filho. E fala da alegria do julgamento ter sido marcado, já que os autores achavam que nada ia acontecer.

Marisilva ainda disse que na época os autores alegaram que era uma ‘brincadeira', mas segundo ela, então, deveriam ter feito entre eles. Ela lembra da brutalidade do caso, “tiraram o sonho dele de servir o quartel e o meu de ter netos”. Marisilva lembra que Wesner faria 24 anos no próximo dia 7 de junho.

Morte de Wesner

O crime aconteceu no dia 3 de fevereiro de 2017. Na noite do dia 2, Wesner afirmou para a mãe que pegaria carona com Thiago, um dos acusados pelo crime. “Ele falou, mãe me acorda bem cedo que o Thiago vai vir me buscar para ir ao serviço”.

“No outro dia, quando o Thiago estava batendo na porta, senti até uma coisa ruim, mas meu filho foi”, conta Marisilva. Segundo a peça acusatória, na data de 3 de fevereiro de 2017, por volta das 10 horas, no Lava Jato, localizado na Avenida Interlagos, na Vila Morumbi, a dupla introduziu uma mangueira de ar no ânus de Wesner, causando-lhe ferimentos e em seguida sua morte.

Wesner teria pedido para Willian que comprasse um refrigerante e o mesmo questionou: “De novo? Agora toda hora Coca-Cola!”, e passou a bater na vítima com um pano utilizado para limpar carros, em tom de brincadeira.

Ainda conforme o processo, Wesner pediu para que ele parasse, mas não foi atendido. Em certo momento se afastou, mas foi imobilizado por Willian que o levou até Thiago, que por sua vez, com a mangueira de compressor de ar, retirou a bermuda e cueca da vítima e introduziu o equipamento em Wesner.

Imediatamente, o adolescente começou a passar mal e vomitou, sendo levado ao Centro Regional de Saúde do e, posteriormente, ao Hospital Santa Casa, onde permaneceu internado até dia 14, quando morreu. O laudo apontou que o óbito foi causado por ruptura do esôfago e choque hipovolêmico por hemorragia torácica aguda maciça.

Quando a mãe ficou sabendo, o filho já estava no hospital. “Estava muito inchado, irreconhecível”, relata. “Fiquei esperando ele melhorar, quando um dia me contou o que aconteceu. Falou que eles sempre faziam esse tipo de brincadeira com ele e, na última vez, um deles laçou ele com pano molhado e o outro colocou a mangueira”, lembra a mãe.