Suspeito de matar pai na frente do filho no Santa Emília deve se apresentar esta semana, diz defesa

Advogado diz que cliente vai alegar legítima defesa

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Crime aconteceu na última quinta-feira, no Santa Emília (Foto: Henrique Arakaki / Arquivo Midiamax)

Suspeito de matar Gabriel Soriano da Silva, de 27 anos, na última quinta-feira (26), deve se apresentar à Polícia nesta semana. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (30), pelo advogado de defesa, Amilton Ferreira de Almeida.

O crime aconteceu na USF (Unidade de Saúde da Família) Jeferson Rodrigues de Souza – no Bairro Santa Emília, em Campo Grande. O filho da vítima, um menino de 3 anos, estava no carro quando o pai foi baleado.

Ao Jornal Midiamax, o advogado de defesa informou que o suspeito vai se apresentar a polícia. O cliente dele – que é ex-marido da mulher da vítima, com quem tem uma filha de 9 anos -, alega legítima defesa.

“O Gabriel ameaçou meu cliente por diversas vezes. Temos registro de boletim de ocorrência. Meu cliente agiu em legítima defesa porque o Gabriel fez ameaças e ele tinha medo dele”, defende. No dia do crime, a Perícia Técnica da Polícia Civil esteve no local e não foi encontrada nenhuma arma no carro da vítima.

Entenda o caso

Gabriel morreu na Santa Casa, horas depois de ser atingido por três disparos de arma de fogo. Os tiros atingiram a região do tórax. Pouco antes, a mulher da vítima havia discutido com o ex-companheiro dela e a atual esposa dele, com quem havia se encontrado por acaso na unidade de saúde.

A discussão entre o trio teria começado após provocações entre eles, que discutiam, também, sobre a guarda da menina, filha do suspeito e da mulher da vítima.

De acordo com o delegado Camilo Kettenhuber, da 6ª Delegacia de Polícia Civil, Gabriel foi baleado após uma discussão com o autor, que parou o carro ao lado do veículo onde Gabriel estava com o filho.

Um dos tiros atingiu o vidro da porta traseira do veículo, onde a criança estava. A mulher da vítima disse que a intenção do autor era atingir o filho dela e de Gabriel, o que foi negado pela defesa do suspeito. O delegado esteve no local com a equipe da perícia técnica. Ele disse que o tiro, que poderia ter atingido o menino parece ter sido acidental, no entanto, não atingiu o menino por apenas 30 centímetros.

Gabriel foi socorrido ainda com vida e levado para Santa Casa, no entanto, ele não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois. O menino foi atingido por estilhaços, mas os ferimentos foram leves e ele não precisou de atendimento médico.

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