Dois homens foram presos depois da descoberta de uma ossada encontrada enterrada em uma cama embutida, no bairro Monte Castelo, em , no dia 21 deste mês. A ossada foi identificada como de Damião Miguel da Silva, que estava há 45 dias.

Segundo a Polícia Civil, após a ossada ser encontrada foram descobertos dois crimes de homicídio que estariam ligados. Com as investigações e o depoimento do dono das quitinetes, os policiais chegaram aos dois autores que foram presos nesta sexta-feira (25).

Ainda de acordo com a polícia, os dois foram interrogados e detalharam a execução e a ocultação do corpo. Eles também revelaram participação em outro crime ocorrido em julho. A dupla disse que estava sob efeito de álcool e drogas. 

Em julho, uma das vítimas foi levada à Santa Casa de Campo Grande com lesões graves. Antes da sua morte, relatou ter sido agredido por dois homens, mas não conseguiu identificá-los. 

A ossada

Um idoso, de 66 anos, contou à polícia que seu inquilino, identificado como Damião, que mora em um dos quartos da quitinete há dez anos, está desaparecido e após ficar sabendo da ossada encontrada no local, procurou a delegacia para saber mais sobre a identificação do corpo.

Ele disse que o conjunto de quitinetes, que fica próximo ao cruzamento das Avenidas Mascarenhas de Morais e Júlia Maksoud, está abandonado há dez anos e que é utilizado por usuários de drogas, porém Damião não usava drogas, mas tinha problemas com álcool.

A suposta vítima havia dito ao , há 45 dias, que iria trabalhar em uma fazenda, sem mais detalhes, e desde então não foi mais vista. À polícia, o idoso disse que a vítima é trabalhadora, porém tinha problemas com álcool, inclusive já havia sido internado em uma clínica de reabilitação.

Ele costuma beber álcool com os outros moradores do local e também gostava de ficar sentado em frente às quitinetes. O idoso disse ainda que não conhece os outros moradores do local. O homem desaparecido, tinha um auxílio social para receber, mas não há informações se o valor chegou a ser sacado.

O idoso entrou no quarto da vítima e encontrou e documentos, apresentados à polícia. Informou também que ele tem uma irmã que mora em São Paulo.