A ossada humana encontrada enterrada em uma cama embutida com cimento em uma quitinete no Bairro Monte Castelo na segunda-feira (21) pode ser de um homem que está há 45 dias.

Um , de 66 anos, contou à polícia que seu inquilino, identificado como Damião, que mora em um dos quartos da quitinete há dez anos, está desaparecido e após ficar sabendo da ossada encontrada no local, procurou a delegacia para saber mais sobre a identificação do corpo.

Ele disse que o conjunto de quitinetes, que fica próximo ao cruzamento das Avenidas Mascarenhas de Morais e Júlia Maksoud, está abandonado há dez anos e que é utilizado por usuários de drogas, porém Damião não usava drogas, mas tinha problemas com álcool.

A suposta vítima havia dito ao idoso, há 45 dias, que iria trabalhar em uma fazenda, sem mais detalhes, e desde então não foi mais visto. À polícia, o idoso disse que a vítima é trabalhadora, porém tinha problemas com álcool, inclusive já havia sido internado em uma clínica de reabilitação.

Ele costuma beber álcool com os outros moradores do local e também gostava de ficar sentado em frente às quitinetes. O idoso disse ainda que não conhece os outros moradores do local. O homem desaparecido, tinha um auxílio social para receber, mas não há informações se o valor chegou a ser sacado.

O idoso entrou no quarto da vítima e encontrou e documentos, apresentados à polícia. Informou que ele tem uma irmã que mora em São Paulo.

Ossada enterrada

Segundo a polícia, investigadores faziam diligência para cumprir um mandado de prisão quando chegaram até o local, um conjunto de quitinetes com 25 cômodos, que, segundo vizinhos, estava abandonado há dez anos.

O local, frequentado por usuários de drogas, estava totalmente insalubre, com muita sujeira, restos de comidas e fezes e urina espalhados pelo local.

Em um dos quartos, havia um forte odor de algo em decomposição. Diante da suspeita, a Perícia foi acionada e encontrou a ossada enterrada no local, onde fica uma cama embutida, feita com cimento.

Segundo o delegado Leandro Lacerda, da 2ª Delegacia de Polícia, a cama estava ‘diferente', com cimento mal feito. “Parecia que tinha sido mexida, que colocaram alguma coisa em cima para tampar alguma coisa enterrada”, explicou.

Foi retirado o cimento e encontrada a ossada. “Estamos em diligências para identificar a autoria da ocultação de cadáver e homicídio”, concluiu.