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Polícia

Caso Sophia: Testemunha revela à Justiça que festa regada a cocaína antecedeu morte de criança

No dia da festa, a mãe de Sophia saiu para comprar droga junto da testemunha
Thatiana Melo -
(Redes Sociais)

Uma festa regada a cocaína antecedeu a morte de Sophia OCampo, de 2 anos, em janeiro deste ano, em . Durante a audiência, que aconteceu a portas fechadas, no dia 26 de maio, uma testemunha revelou à Justiça o que aconteceu na noite anterior a menina ser levada até a unidade de saúde.

O Jornal Midiamax teve acesso com exclusividade ao vídeo da audiência. O testemunho do amigo do padrasto de Sophia durou 23 minutos. O rapaz foi questionado sobre o que aconteceu no dia e noite de 25 de janeiro, na casa onde morava a menina com a e o padrasto. Em resposta, ele revelou que chegou à residência do casal por volta das 18 horas, já que iriam fazer uma festa. 

Outros dois homens também participaram da festa. Segundo a testemunha, a mãe de Sophia chegou a casa por volta das 19 horas, quando eles resolveram sair para comprar cocaína, nas imediações. As crianças, Sophia e o irmão, ficaram na residência com o padrasto. 

Ainda segundo a testemunha, a mãe da criança foi com ele comprar a cocaína, já que ela iria pagar pela droga. Quando questionado como estava Sophia, o rapaz respondeu que “ela estava molinha”, segundo ele, parecia com a imunidade baixa. Ele ainda falou nunca ter presenciado o padrasto de Sophia espancá-la. 

Foi confirmado por ele que praticamente todos os fins de semana faziam festa com drogas. “Neste dia iríamos comprar a cocaína para ver a potência que ela tinha”, disse na audiência. A testemunha ainda revelou que já havia presenciado brigas entre o casal, com xingamentos e humilhações. 

Sobre pessoas estranhas dormirem na casa e usarem para a prática de atos sexuais, a testemunha contou que ele já teria pernoitado na residência com a namorada algumas vezes e que mantiveram relações sexuais na sala da casa, com as crianças em outro cômodo. 

Já no dia seguinte, morte de Sophia, a testemunha disse que chegou a casa da família por volta das 15 horas e ficou na varanda junto do padrasto da menina, mas afirmou que não viu a mulher sair da residência com a criança para o às 16h46 em carro de motorista de aplicativo. 

“Mas o senhor não estava em frente da casa e não viu a mãe sair com a Sophia?”, foi indagado novamente e ele respondeu que não. “Elas saíram pela janela, então?”, voltou a questionar, mas a testemunha manteve a versão de não ter visto a mãe de Sophia sair com ela para a unidade de saúde, sendo advertida que mentir em juízo é crime. 

Ainda é questionado a ele: “Você não viu uma criança quase morta na casa?” A testemunha respondeu que não e que não sabe quem poderia ter feito mal a Sophia. Ele ainda afirmou não ter visto a mãe da menina mandando mensagens no início da noite dizendo que Sophia havia morrido no posto de saúde. 

Neste dia 2 de junho, Sophia OCampo faria 3 anos, e a festa que teria como tema o fundo do mar não aconteceu. 

Audiência do caso Sophia

A audiência do dia 26 de maio aconteceu após ter sido remarcada. No dia 19 do mesmo mês, o juiz Carlos Alberto Garcette suspendeu a sessão após um bate-boca com os outros dois advogados da defesa do padrasto. Os advogados Willer Souza Alves e Pablo Gusmão foram retirados durante audiência de instrução e julgamento.

A confusão ocorreu quando Willer discutiu com o juiz ao dar um copo d’água para uma testemunha durante o depoimento dela. A testemunha prestava depoimento e respondia às perguntas do juiz, quando começou a se emocionar e chorar no plenário. O advogado Willer, do padrasto de Sophia, teria passado em frente ao magistrado e entregue um copo d’água para a mulher.

O juiz teria dito ao advogado que era permitido que ele fizesse apenas a função de defesa durante a audiência, e explicou que o copo de vidro não era permitido para as testemunhas. O advogado teria falado que “poderia fazer a função que quisesse, de advogado ou copeiro”, quando foi advertido pelo juiz.

Então, o magistrado pediu para que os policiais militares que acompanhavam as audiências retirassem o advogado, que no primeiro momento se negou. O outro advogado, Pablo Gusmão, ainda teria tentado amenizar a situação, e também foi retirado do Plenário.

Morte de Sophia

Sophia morreu aos 2 anos, na noite do dia 27 de janeiro. Ela foi levada pela mãe a um posto de saúde, onde as médicas que atenderam a menina constataram que ela já estava morta há pelo menos quatro horas. Tanto a mãe como o padrasto de Sophia foram presos e já indiciados pelo crime. 

O casal ainda tentou alterar as provas da morte da menina para enganar a polícia. A preventiva foi decretada no dia 28 de janeiro. Em sua decisão, o magistrado afirmou que: “A prisão preventiva se justifica, ainda, para preservar a prova processual, garantindo sua regular aquisição, conservação e veracidade, imune a qualquer ingerência nefasta do agente. Destaca-se que, conforme noticiado nos autos, a criança somente foi levada para o Pronto Socorro após o período de 4 horas de seu óbito, o que evidencia que os custodiados tentaram alterar os objetos de prova.”

O juiz ainda citou que caso o casal fosse solto, haveria a possibilidade de tentativa de alteração de provas “para dificultar ou desfigurar demais provas”. O casal foi levado para unidades penitenciárias, sendo a mulher para o interior do Estado e o padrasto da menina para a Gameleira de Segurança Máxima. 

A menina passou por vários atendimentos em unidades de saúde, entre eles febres, vômitos, queimaduras e tíbia quebrada. Em menos de 3 meses, a criança foi atendida diversas vezes sem que nenhum relatório fosse repassado sobre os atendimentos a menina.

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