A arma utilizada por membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar o narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, em 2016, tem o mesmo modelo das 13 metralhadoras antiaéreas furtadas do de do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, na última quarta-feira (11).

Além das 13 metralhadoras calibre .50, capazes de perfurar blindagem de carros e derrubar aeronaves, os bandidos levaram oito metralhadoras calibre 7.62 que estavam no quartel do Comando Militar do Sudeste da região metropolitana.

De acordo com levantamento do Instituto Sou da Paz, este é o maior furto de armas registrado pelas desde 2009, quando sete fuzis foram furtados do 6º Batalhão de Infantaria Leve, em Caçapava, também em São Paulo. Nesse caso, as armas foram recuperadas.

Já no furto ocorrido na semana passada, os criminosos furtaram 21 metralhadores e até o momento, eles não foram localizados.

Execução de Jorge Rafaat Toumani

Conhecido como “rei da fronteira”, o narcotraficante Jorge Rafaat dominava o tráfico de drogas entre , município localizado na região sul do Estado, e a cidade paraguaia Pedro Juan Caballero.

O narcotraficante foi executado no dia 15 de junho, ao sair do escritório. Ele foi atacado por um grupo de pessoas armadas com fuzis AK 47, Mag antiaérea e metralhadoras. Rafaat foi atingido por 16 disparos de uma metralhadora calibre .50. Oito tiros atingiram o narcotraficante.

No local do crime, além de centenas de capsulas de projéteis, a polícia também encontrou armas de grosso calibre, que furaram a blindagem do Jipe Hummer ocupado por Rafaat. Outras pessoas ficaram feridas no tiroteio que durou cerca de 20 minutos.

Conforme o médico-legista Marcos Prieto, que examinou o corpo de Rafaat, ele teve morte instantânea, sem evidência de que tenha tentado fugir com o veículo ou se esquivar dos disparos.

No dia 30 de março deste ano, a Polícia Federal em Ponta Porã prendeu a empresária paraguaia investigada por tráfico internacional de armas. Ela também é apontada como fornecedora da metralhadora antiaérea calibre .50 usada para executar Rafaat.

Segundo as informações, a empresária morava no Brasil há 40 anos. Ela era vendedora de cosméticos e dona de empresas que movimentavam bilhões de guaranis em lavagem de dinheiro do narcotráfico.

Quando a prisão ocorreu, o secretário segurança de Ponta Porã, Marcelino Nunes de Oliveira, disse que o pedido partiu de uma investigação do Ministério Público e da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, após operação contra narcotráfico em 2016 na cidade sul-mato-grossense.