Sem laudos, júri pela morte de empresário é adiado e perito pode responder por prevaricação
Juiz pontuou gastos operacionais com a preparação do júri
Renata Portela –
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Foi adiado o julgamento de Maikon Lucas Matias Serpa Pinto, acusado do assassinato de Hugo Gonçalves Insabralde, de 29 anos. O crime aconteceu no dia 4 de janeiro de 2021 em uma conveniência no Danúbio Azul, e o réu foi preso dias depois, após gravar vídeos e publicar nas redes sociais.
Conforme registrado na ata do júri, que aconteceria nesta sexta-feira (25), foi feito pedido de realização dos laudos nos objetos do crime e no local dos fatos pela defesa. O promotor também pediu que fossem apresentados em plenário os objetos apreendidos, instrumentos do crime.
No entanto, os laudos ainda não estão prontos. Com isso, foi deferido pedido de adiamento da sessão pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, pela impossibilidade de realizar o julgamento pela falta dos instrumentos e laudos, devendo assim marcar nova data.
O magistrado ainda fez pedido para que seja oficiado o Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), para “adotar providências cabíveis no campo penal e administrativo contra o perito criminal, que prevaricou no dever do ofício”.
“O referido perito criminal desidioso deverá arcar com os aludidos gastos operacionais com a preparação deste Júri, devendo o cartório ou quem de direito calcular tais valores, encaminhando-se também ao MP”, finalizou o juiz.
Assassinato
Segundo a denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e recebida ainda em janeiro, Maikon atirou contra Hugo, que caiu na rua já ferido. Em seguida, o acusado pegou uma faca e deu vários golpes no comerciante. Além disso, Maikon ainda usou um taco de sinuca para golpear a vítima.
Ainda conforme a denúncia, Maikon praticou o crime por motivo torpe. Ele teria matado Hugo porque corria risco de perder o uso de um automóvel que a vítima tinha emprestado a ele, bem como perder vantagens financeiras da relação de confiança que mantinha com o comerciante.
Foi apontado meio cruel para o crime, já que Maikon atirou, esfaqueou e ainda golpeou Hugo com o taco de sinuca. Ele também foi denunciado por praticar o crime com recurso que dificultou a defesa da vítima e por adquirir a arma de fogo ilegalmente, um revólver calibre 32.
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