O rapaz de 22 anos, que foi preso durante a eleição nesse domingo (2), em Campo Grande, continua detido na Polícia Federal, nesta segunda-feira (3). Ele já passou por exames de corpo de delito e a audiência de custódia deverá ocorrer na terça-feira (4).
Segundo o advogado Joaquim Soares de Oliveira, vai ser tentado um acordo com a Justiça para pagamento de cestas básicas. “Ele teve um surto naquele momento. Não tem explicação”, disse Joaquim.
O advogado ainda relatou que após colar as teclas da urna eletrônica, o rapaz ligou para ele perguntando se o que tinha feito era crime. “Ele ficou em pânico ao saber que tinha cometido um crime”. A defesa ainda fala que o rapaz teria dito que nada mudaria com a votação e que o ato, na realidade, foi uma forma de protesto.
Ele foi ouvido pelo juiz eleitoral da 8ª zona, Luiz Felipe Medeiros Vieira, ao qual teria dito “não suporto mais a polarização”. O advogado ainda disse que a família passa por momento delicado, pois o rapaz perdeu o pai para a Covid durante a pandemia e a família passa por dificuldades.
A urna que teve as teclas coladas foi substituída imediatamente sem causar prejuízos ao processo eleitoral. Foi percebido que a urna havia sido colada depois que outro eleitor tentou votar e não conseguiu.
