‘Parecia que estava se despedindo’, diz irmã de motociclista que morreu após bater cabeça no meio-fio

Último contato com o irmão foi no aniversário de 15 anos de uma prima

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Adriana veio de Maracaju para velório do irmão. (Foto: Arquivo Pessoal)

Ainda sem acreditar na morte repentina do irmão, a cabeleireira Adriana Nascimento, de 32 anos, lembra que a última vez em que estiveram reunidos foi no aniversário de 15 anos de uma prima deles, na cidade de Maracaju, a 160 quilômetros da Capital, onde ela mora. Jefferson Gonçalves da Silva, de 30 anos, morreu após ser arremessado e bater a cabeça no meio-fio em acidente ocorrido na madrugada de domingo (24), no Jardim das Macaúbas.

Adriana lembra que Jeferson voltava da casa de amigos, com destino à sua residência, no Bairro Jardim Los Angeles, onde morava com a esposa e a filha de 2 anos e 6 meses. Foi a esposa quem avisou os familiares sobre o acidente. “Ele estava voltando para casa sozinho e o capacete estava frouxo quando ele caiu. Somos em seis irmãos, do lado da nossa mãe, e mais sete por lado de pai dele, e ele era o irmão do meio”, explica Adriana.

Apesar da distância, os irmãos eram muito próximos e conversavam diariamente por mensagens. Na última vez em que se viram, Adriana lembra que eles passaram um fim de semana em família, como há anos não ocorria. “Parecia uma despedida, já que ele não tinha muito costume de viajar para Maracaju, e ele foi para lá no mês passado no aniversário de uma prima”, disse.

Jefferson gostava de pilotar motocicleta e a irmã afirma que ele andava com sua Titan Fan “desde quando se entendia por gente”. Adriana veio junto a parte dos familiares, da cidade do interior até a Capital, na tarde dessa domingo (24) para o velório. Jeferson estava há mais de 10 anos em Campo Grande, onde construiu sua família.

Jefferson morreu após colidir contra meio-fio e irmã diz acreditar que capacete estava frouxo. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Temos uma tia que já morava aqui, tem um salão de beleza, e ele veio há 10 anos para cá. Ele morou um tempo com ela, se estabilizou, alugou a casa onde morava, casou e teve uma filha”, relembra a irmã.

Coincidência do destino ou não, Jeferson voltava da casa de amigos quando sofreu o acidente, já que era “rodeado de pessoas e levava multidões por onde ia”, segundo Adriana.

“Ele era um menino muito alegre, onde chegava era o barulho da família. Apesar da distância, a gente era muito próximo, ele era um filho carinhoso para nossa mãe, não temos do que reclamar”, lamenta a irmã.

O acidente

Jefferson Gonçalves da Silva seguia com sua motocicleta Titan Fan pela Rua Olivério Rodrigues da Luz, no Jardim das Macaúbas, quando colidiu contra o meio-fio e acabou sendo arremessado. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar foram acionados, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Segundo a polícia, Jefferson portava apenas um RG antigo e foi solicitado exame necroscópico para confirmar a identificação. De acordo com Adriana, a esposa foi avisada por populares que passavam pelo local e acionaram socorro. Ela foi até o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para fazer o reconhecimento.

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