Em Mato Grosso do Sul, o crime de violência contra mulheres ocupa o segundo lugar em ocorrências acionadas através do 190, segundo dados da Polícia Militar em coletiva sobre a Operação Ísis, que foi deflagrada nesta quarta-feira (15), em Campo Grande.

De acordo com o Coronel Almeida só em abril foram 518 atendimentos via Copom. Foram expedidos 30 mandados de prisão, sendo que 17 foram cumpridos. Entre os presos está um guarda-municipal e um policial militar da reserva. Outro alvo não foi localizado, já que estava em tratamento de câncer em Barretos.

“Sem a denúncia a gente não pode protegê-la (mulher)”, disse a Coronel Neidy que estava à frente da operação. Ao todo, 150 policiais participam da operação divididos em 40 equipes. Ação é em conjunto com o MPMS (Ministério Público Estadual). 

Os mandados foram cumpridos nos bairros: Los Angeles, Noroeste, Aero Rancho, Vila Almeida, Centro Oeste e Indubrasil. Foram 15 dias para fazer o levantamento com os alvos que deveriam ser presos, após crimes praticados contra mulheres. O militar da reserva de 58 anos foi preso no Bairro Centro Oeste e o guarda no Bairro Vila Almeida. Já um dos alvos não foi localizado, já que está na cidade de Barretos fazendo tratamento para câncer. 

Operação Ísis

O nome é em referência à Lei nº 5.202, de 30 de maio de 2018, que instituiu no calendário oficial do Estado de Mato Grosso do Sul o dia 1º de junho, como Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. A data lembra a morte da jovem Isis Caroline, ocorrida em 1º de junho de 2015 e tida como o primeiro caso de feminicídio registrado no Estado, após a vigência da Lei 13.104/2015.

(Vídeo: Reprodução/ PMMS)